Amorim diz que é urgente salvar Doha

Foto: Arquivo/O Estado

Ministro diz que é preciso ?tirar a rodada da UTI?.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse ontem, na sessão da Comissão de Relações Exteriores do Senado da qual participou, que é uma emergência para o Brasil ?tirar a Rodada Doha da UTI, mas não para levá-la ao crematório e sim para reavivá-la?.

O chanceler insistiu em que não há alternativa para a Rodada Doha e disse que sua falência provocaria uma situação gravíssima, especialmente para as economias em desenvolvimento. ?O mundo assistiria a uma nova onda de protecionismo, de retaliações unilaterais e de acordos que vão distorcerão, ainda mais, o comércio internacional?, sustentou.

Ele insistiu, ainda, em que os acordos bilaterais ou birregionais não teriam o mesmo impacto sobre o comércio, uma vez que não tratam dos temas de maior interesse do Brasil, entre eles a eliminação de subsídios ao comércio.

O ministro também insistiu em que a Rodada Doha vai dar o parâmetro para essas outras negociações e deixou claro que o governo brasileiro não se recusa a discutir a Área de Livre Comércio das Américas, nem o acordo Mercosul/União Européia.

O chanceler observou que, no dia 9 de setembro, deverá realizar-se, no Rio de Janeiro, uma reunião do G20, o grupo das 20 economias em desenvolvimento que atua em conjunto na negociação dos capítulos agrícolas na Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Ele observou ainda que, para ele, como principal negociador do Brasil da Rodada Doha, não há alternativa que não a de ser otimista com relação aos resultados dessa rodada.

Mercosul

De acordo com Amorim, a adesão da Venezuela como membro pleno do Mercosul foi uma iniciativa positiva do ponto de vista econômico, argumentando que ela dará maior peso ao bloco.

Ele ressalvou que esse aspecto favorável diz respeito à Venezuela enquanto país, ?independentemente do governo que tenha?. Destacou, ainda, que gostaria que também a Colômbia ingressasse no Mercosul, e depois acrescentou que também todos os demais vizinhos da América do Sul.

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