Amorim diz que crise é mais uma razão para concluir Doha

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que os sinais de recessão nos Estados Unidos acendem uma luz amarela sobre a possível repetição de um dos mais graves erros da história econômica do século 20 – a guinada protecionista provocada pela crise de 1929, que "acabou gerando prejuízos para o mundo todo?. Por isso, Amorim vai defender, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, a existência de uma razão a mais para a conclusão da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) no mais curto prazo possível.

A expectativa do ministro é que, até o feriado de Páscoa, em 23 de março, os membros da OMC concluam os acordos básicos sobre agricultura e indústria e serviços. "Como esse quadro recessivo ainda não se materializou totalmente, essa é mais uma razão para tentarmos concluir a Rodada o quanto antes?, disse.

Na sexta-feira (dia 25), Amorim vai se encontrar em Davos com a representante dos Estados Unidos para o Comércio, Susan Schwab, o comissário de Comércio da União Européia, Peter Mandelson, o ministro britânico do Comércio, David Milliband, e o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy. No dia seguinte, participará de duas sessões de debates do Fórum Econômico Mundial – uma sobre a revitalização de Doha e a outra sobre o futuro do sistema multilateral de comércio.

Essas conversas se darão em um momento nevrálgico das negociações – a duas semanas da conclusão de reuniões técnicas, em Genebra, e a uma semana da divulgação das propostas de acordo para os capítulos agrícola e de indústria e serviços pelos presidentes dos grupos de negociação da OMC.

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