Alta do PIB foi de 1,52% em 2002

No último ano da era Fernando Henrique Cardoso, a economia do Brasil apresentou um crescimento modesto, influenciado pela turbulência financeira vivida no período pré-eleitoral e pelas altas taxas de juros. O PIB (Produto Interno Bruto, a soma das riquezas produzidas por um país) aumentou 1,52% no ano passado na comparação com 2001. No quarto trimestre de 2002, o crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior foi de 3,44%, o maior em um ano e nove meses.

Em 2001, o PIB havia registrado expansão de 1,42%, e, em 2000, havia crescido 4,36%. Nos últimos cinco anos (1998-2002), o PIB teve um aumento médio anual de 1,63% e, nos últimos 10 anos (1993-2002), de 2,90%.

O resultado apurado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano passado foi puxado principalmente pelo setor de agropecuária, cujo crescimento chegou a 5,79%. Já a indústria apresentou expansão de 1,52% e os serviços, de 1,49%.

Por outro lado, a construção civil caiu 2,52%. Já o subsetor da indústria extrativa-mineral teve maior crescimento entre todos os subsetores, de 10,4%. O responsável por esse bom desempenho foi a indústria de petróleo e gás.

A indústria de transformação apresentou um crescimento de apenas 1,93% e o setor de serviços industriais e de utilidade pública, cujo principal componente é a área de energia elétrica, registrou aumento de 1,53% no ano passado.

No setor de serviços, o destaque foi das comunicações, cuja alta chegou a 7,4%. Já o destaque de queda foi do setor de transportes, com um desempenho negativo de 0,92%.

Em relação ao quarto trimestre, o destaque de alta ficou por conta da indústria, que mostrou uma recuperação com alta de 6,92%. A agropecuária e os serviços apresentaram crescimento de 3,43% e 1,68% na comparação com o quarto trimestre de 2001.

A construção civil registrou o primeiro resultado positivo em um trimestre após 5 trimestres seguidos de quedas, crescendo 6,24%.

Em 2002, o PIB per capita cresceu apenas 0,21%. Entretanto, esse índice é maior que o de 2001, de 0,10%.

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