A alta de 0,58% do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) teve como principais fatores de contribuição fatores que já estavam mapeados, explicou ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) o economista Guilherme Moreira, coordenador do índice. “Considerando o histórico de janeiro, foi um mês bem típico. As maiores variações já eram esperadas, com o aumento do ônibus correspondendo a 27% da alta, além de educação, com reajustes das mensalidades em começo de ano”, declarou.

continua após a publicidade

O item cujo movimento surpreendeu, por ter ocorrido com maior intensidade e fora do padrão sazonal, foi o feijão, que teve alta de 15,8% em janeiro.

continua após a publicidade

“Foi um fator fora do esperado, tanto é que o feijão foi o segundo item que mais contribuiu para a alta do IPC-Fipe, com 12,82% do índice cheio”, comentou Moreira. “Este é um item de peso alto e que as pessoas não substituem, como acontece com outros produtos alimentícios”, ressaltou o economista.

continua após a publicidade

Fevereiro

Para fevereiro, a expectativa da Fipe é de que o indicador apresente alta de 0,39%. “Neste mês, o principal fator de alta será o IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano), que teve um reajuste de 3,5%. É um cálculo complexo e sempre supera a taxa que a prefeitura divulga. Só conseguimos saber de fato após os carnês chegarem e serem computados”, explicou.

Já para 2019, Moreira estima alta de 3,58% no IPC-Fipe.