Alencar diz que alta do PIB está dentro das expectativas

O vice-presidente José Alencar afirmou que o crescimento de 5,8% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre (em relação ao mesmo período do ano passado), divulgado nesta terça-feira (10) pelo IBGE, está dentro das expectativas e ressaltou que o Brasil poderá crescer ainda mais. Ele voltou a criticar os juros altos e a política restritiva de consumo. "Nós não podemos ficar temerosos quando há uma demanda por bens de consumo. O nosso país ainda é de subconsumo, então, nós não podemos ter, de forma alguma, outra coisa senão júbilo pelo aumento do consumo", afirmou.

Alencar destacou que deve ser estimulado, ao mesmo tempo, o crescimento da produção, que permite o desenvolvimento e a geração de emprego. "Daí a razão pela qual eu me bato contra a política monetária restritiva no Brasil, porque nós precisamos crescer. E a política restritiva, a primeira coisa que ela inibe são os investimentos, além naturalmente de tentar inibir o consumo. Só que você não pode achatar o consumo de quem não consome. Então esse tipo de medida não é correto para o País no momento", disse Alencar, depois de participar na Câmara de seminário em comemoração aos 20 anos da Constituição.

O vice-presidente avaliou que os juros altos são inibidores do consumo, e que a taxa básica real no Brasil é "dezenas de vezes superior à taxa básica média real do mundo". Ele afirmou que o Brasil tem de se colocar ao lado do mercado mundial. "Estamos na contramão em relação aos juros que nós praticamos", disse. "Se essas taxas forem mantidas, nós vamos passar de R$ 1,2 trilhão de juros gastos durante os oito anos de governo. Nos primeiros quatro anos nós gastamos quase R$ 600 bilhões", observou.

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