A inflação medida pelo IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15) registrou queda de 0,15% em junho, ante alta de 0,27% em maio. O álcool combustível foi o principal item que derrubou a inflação, com queda de 12,87% nos preços. Das 11 regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), seis apresentaram índices negativos – o menor deles em Goiânia (-0,78%) – , e quatro positivos – o maior em Salvador (0,26%). Em Curitiba, o índice ficou estável. Com o resultado divulgado ontem, o IPCA-15 acumula nos seis primeiros meses do ano alta de 1,7% e, nos 12 meses, taxa de 4,03%.
Na Grande Curitiba, o preço do álcool combustível caiu 15,13%, acima da média nacional. O principal motivo é o período de safra da cana-de-açúcar. Já o preço da gasolina caiu 1,26% na Região Metropolitana de Curitiba e 1,45% na média nacional, ajudando a puxar a inflação para baixo.
Outro grupo que registrou queda em junho foi alimentos e bebidas. Na Grande Curitiba, a variação negativa foi de 0,25%, enquanto a média nacional ficou em -0,40%. Os itens que tiveram as maiores quedas em Curitiba foram chuchu (-31,23%), tomate (-20,02%), batata-inglesa (-19,81%) e alface (-16,16%). Já as altas foram observadas em repolho (33,75%) e pepino (22,14%). Ainda no grupo de alimentos, o frango registrou aumento de 9,71% no preço em nível nacional; em Curitiba, a alta foi bem menor: 1,51%.
Com a desvalorização do dólar, o grupo TV, som e informática também registrou queda de 3,15% em Curitiba e 1,57% no País. Entre os itens pesquisados, o televisor foi o que apresentou maior redução de preço: 5,48% na Grande Curitiba.
Por outro lado, houve aumento de preço em itens essenciais como o botijão de gás, que ficou 1,11% mais caro na RMC. Artigos de residência e vestuário também apresentaram aumento de 0,18% e 0,90%, respectivamente. Andar de táxi também ficou mais caro em Curitiba: segundo o IBGE, o aumento foi de 8,01% em junho.
O IPCA-15 é uma prévia do IPCA e segue a mesma metodologia do índice que é usado para acompanhar as metas de inflação do governo. A diferença é o período de coleta dos preços. Os preços foram coletados de 16 de maio a 12 de junho e comparados com os vigentes de 12 de abril a 15 de maio.
A pesquisa é realizada junto a famílias com renda mensal de um a 40 salários mínimos residentes nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Belém, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
IPC-S
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) continuou a trajetória de queda iniciada em maio e teve deflação de 0,42% na terceira semana de junho. A taxa é a segunda menor registrada na série histórica do índice, iniciada em janeiro de 2003, conforme divulgou ontem a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na primeira semana de junho o IPC-S foi de -0,28% e na segunda, de -0,37%.