Agronegócio discute alternativas sustentáveis

A sustentabilidade da agricultura, independentemente da classificação (orgânica, comercial, transgênica) foi o assunto que permeou as atividades do 3.º Agronegócio Brasil -Ciência, Tecnologia, Inovação e Ética, encerrado ontem, na Fazenda Canguiri, em Pinhais, na Grande Curitiba.

Importantes articuladores do agronegócio na esfera federal, como o gerente de projeto da Subsecretaria de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Décio Gazzoni, estiveram presentes para destacar as ações em prol de uma produção agrícola mais eficiente e em sintonia com o meio ambiente.

“O Brasil negocia seus produtos agrícolas com mais de 200 países. Como somos extremamente competitivos e desenvolvemos técnicas de vanguarda, é cada vez mais comum tentativas de se criarem novas barreiras à entrada da nossa produção, sendo assim, temos que adotar procedimentos cada vez mais sustentáveis e livres de prejuízos para o meio ambiente para nos protegermos”, alertou Gazzoni.

Nesse sentido, a SAE já elencou as 14 grandes metas da Agenda Agrícola do Programa Brasil 2022. Manutenção da segurança alimentar da população brasileira com sustentabilidade ambiental; ampliação em 50% tanto a produtividade agropecuária quanto as áreas de florestas econômicas; melhora nos níveis de controle de sanidade; autonomia nacional na produção de fertilizantes; investimentos em pesquisa e redução de 50% da emissão de gases de efeito estufa na agricultura são alguns dos objetivos a serem cumpridos até 2022.

“Uma das soluções e também metas da agenda é a consolidação do Brasil como potência mundial em agroenergia, pois hoje a questão ambiental está nas mesas das negociações mundiais e nossa supremacia na geração desse tipo de energia, sem dúvida, contribuirá para a quebra de diversos paradigmas”, orientou.

Orgânicos

Também no evento, os 42 experimentos orgânicos cultivados pelos estudantes de Agronomia da UFPR foram uma clara demonstração da possibilidade de produzir de maneira sustentável.

“É uma área didática para que os alunos vivenciem o cultivo de orgânicos com características de escala de produção, resistência a pragas e preços competitivos”, explica o professor de Olericultura da UFPR, Átila Francisco Mogor.

Idealizador do Dia de Campo na Fazenda do Canguiri, um projeto da instituição, o professor visa com a iniciativa multiplicar os conhecimentos adquiridos pelos alunos para os produtores da Grande Curitiba.

“Essa interação permite que os produtores repliquem essas boas práticas ao mesmo tempo que os futuros profissionais ganham experiência e uma linguagem mais eficiente para repassar informações aos trabalhadores do campo”, apontou Átila.

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