Agricultores familiares protestam em Curitiba

Agricultores familiares deram sequência, ontem, à série de manifestações em prol de políticas públicas que garantam renda e permanência das famílias no campo. Em Curitiba, eles realizaram atos em frente às sedes do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e do Ministério da Fazenda, e na Praça Santos Andrade, onde promoveram uma distribuição gratuita de alimentos à população. Às 11 horas, tiveram uma reunião com o governador Roberto Requião, no Palácio das Araucárias.

Durante a reunião, uma comitiva de agricultores entregou uma pauta de reivindicações. Nesta, eram abordados assuntos referentes à habitação, regularização fundiária e meio ambiente.

O secretário geral da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf-Sul), Marcos Rochinski, classificou as reuniões de ontem e anteontem como positivas, mas demonstrou preocupação quanto à pauta nacional, que deve continuar sendo discutida em Brasília, principalmente no Ministério do Desenvolvimento Agrário.

No que diz respeito à habitação, os agricultores insistiram, ontem, na implementação de um projeto-piloto para a construção de casas de madeira de reflorestamento do próprio Paraná ou de madeiras apreendidas por crimes ambientais. Eles querem que o Estado disponibilize as madeiras e também logística para transporte e beneficiamento das mesmas nos municípios.

Quanto à regularização fundiária, eles almejam a criação de um programa que articule parcerias entre o governo do Paraná (através do Instituto de Terras e Cartografia), prefeituras municipais, Poder Judiciário, cartórios, a Fetraf-Sul e seus sindicatos.

“Hoje, é muito difícil para a maioria dos agricultores realizar a regularização de suas propriedades, pois sai muito caro”, lembrou o coordenador da Fetraf-Sul, Neveraldo Oliboni.

Em relação ao meio ambiente, os agricultores querem auxílio do governo para recuperação de fontes de águas e áreas de mata ciliar. Além disso, pedem o desenvolvimento de alternativas de captação de água em propriedades familiares como forma de diminuir os impactos causados pelas estiagens. “Pedimos que o Estado nos forneça sementes e auxilie na proteção das nascentes”, completou Oliboni.

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