Agências não se entendem na classificação

Em em único dia, um banco de investimentos rebaixou as recomendações para as ações brasileiras, outro manteve a avaliação sobre o Brasil e um terceiro elevou a recomendação sobre as ações do país.

O banco Bear Stearns elevou a recomendação para ações brasileiras para “acima da média de mercado” ( “overweight” ). Em relatório distribuído ontem, a instituição indica o otimismo do mercado com o novo governo e a disposição em realizar a reforma previdenciária como razões para a decisão. Por outro lado, o Bear Stearns rebaixou a recomendação das ações do México para “abaixo da média de mercado” ( “underweight” ), citando a dependência do país da economia americana.

O Goldman Sachs, porém, fez exatamente o contrário: rebaixou a recomendação para ações brasileiras de “neutra” para ” abaixo da média de mercado ” (“underweight” ). Em relatório divulgado ontem, o banco diz prever que esses ativos terão ritmo menor de valorização após a alta verificada no quarto trimestre de 2002.

O Merrill Lynch, por sua vez, reduziu a participação do México em seu portfólio modelo para mercados de ações emergentes. A recomendação para os títulos baixou de “overweight” para “underweight” , devido à expectativa de crescimento econômico fraco e de desvalorização do peso mexicano. O banco afirmou que a tendência natural seria elevar a avaliação sobre papéis brasileiros, mas ponderou que seria melhor esperar um momento mais adequado para investir no país, dada a volatilidade recente do mercado. Assim, elevou a recomendação para os papéis do Chile, que passou de “neutra” para “overweight”

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