Agência do Trabalhador faz recrutamento grátis

A Agência do Trabalhador está oferecendo um novo serviço ao empresariado – tanto o pequeno quanto o grande empreendedor – de Curitiba e Região Metropolitana. É o serviço de recrutamento pessoal, que tem como objetivo estreitar os laços entre empregador e agência. A idéia é dinamizar a intermediação de mão-de-obra oferecendo candidatos que respondam ao perfil solicitado pela empresa.

Antes, quando uma empresa solicitava a mão-de-obra, a central de vagas encaminhava candidatos que se encaixavam de maneira geral com a vaga aberta. Com o novo serviço, os candidatos selecionados para a vaga passam por uma análise de currículo, entrevistas e treinamentos; tudo realizado gratuitamente pela Agência do Trabalhador.

Esse trabalho integra um projeto-piloto que deverá ser implantado em todo o Paraná. Três agentes empresariais supervisionam todos os processos de recrutamento, garantindo a qualidade do trabalho. Em Curitiba há várias empresas de recursos humanos que realizam o mesmo serviço. Porém, na Agência do Trabalhador isso é gratuito.

“Resolvemos implantar esse serviço porque recebemos muitas reclamações de trabalhadores que pagaram pelo recrutamento e treinamento em empresas de RH e não conseguiram a vaga prometida a eles”, explica Adriana Porto, supervisora assistente da Central de Vagas.

O trabalho de recrutamento traz objetividade ao processo de intermediação. “Pelo serviço normal da agência, o trabalhador precisa vir até os postos de atendimento para ser encaminhado para a vaga”, diz Adriana. Como a seleção é superficial, são encaminhadas muitas pessoas para as empresas. E a maioria não vai conseguir o emprego. No recrutamento, apenas aquelas que já passaram pela seleção na própria agência são encaminhadas para a empresa. “O resultado disso é que o trabalhador não precisa se deslocar sem que haja realmente a chance dele se enquadrar no perfil desejado pela empresa”, completa.

O serviço atende empresas de todo o Brasil que estão montando suas filiais no Paraná e já tem dado resultados. Segundo Adriana Porto, desde outubro, quando começou a ser feito esse trabalho, 109 pessoas já foram colocadas no mercado de trabalho.

“Essa seleção agiliza a intermediação, provocando um maior aproveitamento das vagas com menor número de candidatos encaminhados. Tivemos um caso em que o processo seletivo foi feito em 45 minutos, com encaminhamento e contratação de 36 candidatos”, conta Adriana.

Empresário prega “pacto” pelo emprego

O empresário paranaense Francisco Simeão, da BS Colway Pneus, quer que o empresariado faça um pacto pelo emprego. “Acho que esse é o momento para colocarmos nosso egoísmo de lado e fazer algo pelo mundo de nossos filhos e netos”, declarou. Simeão foi convidado pelo secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, padre Roque Zimmeramnn a apresentar sua experiência durante um café da manhã com empresários, membros do governo e sindicalistas. “Esse tipo de iniciativa que queremos fomentar”, declarou padre Roque.

Desde 2000, a BS Colway Pneus reduziu a jornada de trabalho de seus funcionários de oito para seis horas diárias, sem redução de salário. “Esse horário permite que nossos empregados estudem, cuidem de si mesmos, convivam com a família”, conta Simeão. A iniciativa tem o objetivo de aumentar o número de postos de trabalho e permitir que o operário tenha tempo para se dedicar a cursos acadêmicos e profissionalizantes.

Durante o café da manhã, Simeão pediu que os governos estadual e federal ofereçam incentivos fiscais às empresas que implantarem a jornada reduzida. “Acho que essa é uma contrapartida viável e que vai incentivar os empresários a aderir ao projeto”, explicou. Diante da proposta, padre Roque declarou estar comprometido com a idéia. “Vou negociar os incentivos que forem viáveis para esse tipo de iniciativa”, prometeu.

Padre Roque também deve atuar em outra área. Ele está visitando semanalmente empresas de Curitiba e Região Metropolitana com o objetivo de incentivá-las a desenvolver ações como a da BS Colway. “Queremos ser parceiros do empresariado em ações de promoção social de comunidades desfavorecidas”, disse.

DRT orienta empregadores sobre Caged

Todos os empregadores têm a obrigação de informar o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) cada vez que contratam ou dispensam empregados. A previsão está na lei 4923/65, que criou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) – a base para a elaboração dos índices de evolução de emprego que subsidiam a formulação das ações de governo para o setor. “Quem não cumpre a determinação está sujeito ao pagamento de multas que, dependendo do período de atraso, podem variar de 4.2 a 12.6 Ufir”, alerta o coordenador do Caged da DRT/PR, Cláudio Almeida.

Devem ser comunicadas ao MTE, via delegacias regionais, todas as admissões ou dispensas de empregados contratados de acordo com as normas da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Os trabalhadores domésticos são a única exceção à regra. A comunicação deve ser feita até o dia 7 do mês seguinte à ocorrência. Para isso, o empregador pode usar o Formulário Eletrônico Caged (FEC), disponível no site do MTE (www.mte.gov.br). Outra opção é o Aplicativo Caged Informatizado (ACI), que pode ser retirado gratuitamente na DRT, nas subdelegacias ou agências.

Além de comprometer a elaboração das estatísticas sobre emprego e desemprego e penalizar o empregador em atraso, a falta de notificação à DRT causa transtornos também ao trabalhador. Isso porque a não-inclusão do seu nome no cadastro dificulta a prova de que ele foi contratado ou, então, se foi dispensado.

No Paraná, em setembro, 37.365 empregadores prestaram informações ao Caged. Eles comunicaram 61.854 contratações e 51.741 desligamentos. Isso significa 10.113 contratações a mais que o número de rescisões de contratos de trabalho verificadas no período ou uma variação positiva de 0,64%.

O coordenador estadual do Caged observou que o volume de informações prestadas pelos empregadores é semelhante ao que vem se verificando desde março, mas que os números devem ser menores para os meses de dezembro e janeiro. “É um movimento natural, pois esse período se caracteriza pela queda no número de contratações. E quem consegue trabalho nessa época do ano, na maioria dos casos, é para atividades temporárias”, explicou.

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