O presidente da Associação de Empresas Brasileiras para Integração de Mercados (Adebim), Michael Alaby, previu ontem dólar estável em cerca de R$ 3,50 e juros altos até, pelo menos, a metade do ano, situação que será mantida até as reformas estruturais (tributária, previdenciária, política). Alaby participou da posse do governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB),na Assembléia Legislativa .

Para Alaby, o novo governo federal usará os primeiros seis meses de 2003 para “arrumar a casa”.”Não acredito em redução de juros no início do ano. Haverá também uma estabilidade cambial. Essa situação só mudará a partir das reformas”, afirmou.

A principal reforma a ser feita pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na avaliação de Alaby, é a tributária.”Sem isso, não haverá competitividade das empresas no mercado externo e o câmbio elevado será artificial, mascarando os problemas de competitividade brasileira”, disse.

Alaby elogiou a escolha do empresário paulista Luiz Fernando Furlan para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e de Roberto Rodrigues para a Agricultura. “O agronegócio, a indústria automotriz e os setores de móveis e alimentos devem crescer bastante neste ano, o que contribuirá para o aumento do saldo comercial”, afirmou. O presidente da Adebim prevê um saldo entre US$ 15 bilhões e US$ 17 bilhões, ante os US$ 13 bilhões registrados em 2002.

Ele avaliou que a indicação de Furlan mostra que a intenção do presidente Lula é fazer uma promoção comercial dos produtos brasileiros no exterior. Alaby considera um dos pontos fundamentais para essa promoção diminuir ou isentar de Imposto de Renda os produtos promovidos.

continua após a publicidade

continua após a publicidade