Acumulado da balança chega a US$ 18,5 bi no ano

A balança comercial brasileira teve um superávit de US$ 3,48 bilhões em julho e, no ano, acumula saldo de US$ 18,529 bilhões, de acordo com dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Comércio e Indústria. O resultado é 69,2% maior que o verificado em julho do ano passado e 48,7% superior ao acumulado entre janeiro e julho de 2003.

O saldo comercial de 2004, diferentemente do passado, não é sustentado pela queda das importações. Ao contrário, devido à recuperação da economia, o Brasil tem ampliado suas importações por conta, principalmente, da demanda da indústria por máquinas e equipamentos. A recuperação do mercado interno também influencia no aumento das compras externas.

As exportações cresceram 33,7% na comparação com 2003 e somam US$ 52,298 bilhões no acumulado do ano. Somente no mês de julho foram vendidos US$ 8,992 bilhões ao mercado externo, valor 47,28% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram exportados US$ 6,105 bilhões.

Em julho, o Brasil importou US$ 5,512 bilhões do exterior, 36,13% mais que os US$ 4,049 bilhões importados em julho do ano passado. No acumulado do ano, as importações somam US$ 33,769 bilhões, crescimento de 26,7% em relação ao verificado entre janeiro e julho de 2003 – US$ 26,653 bilhões.

As médias de importação e exportação também estão crescendo significativamente em relação às médias do ano passado. No ano, a média exportada diariamente tem sido de US$ 358,2 milhões, 32,8% maior que a verificada em 2003. A média das importações cresceu 25,8% e soma, no acumulado do ano, US$ 231,3 milhões.

A meta do Ministério do Desenvolvimento, Comércio e Indústria para este ano é exportar US$ 88 bilhões, 20% mais que os US$ 73 bilhões exportados no ano passado. A estimativa, segundo o ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) não foi revista para cima por conta da expectativa de aumento das importações a partir do segundo semestre deste ano.

O ministro acredita que a retomada da economia – ele espera expansão de mais de 4% para a economia neste ano – será impulsionada não apenas pelas exportações, mas também pela retomada do mercado interno que, segundo ele, deve ter uma participação de até 50% no ritmo de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas pelo país) neste ano.

Ontem, por mais uma vez, o mercado financeiro elevou a estimativa de superávit da balança comercial para este ano. A previsão agora é que se tenha um saldo de US$ 29,10 bilhões, maior que os US$ 26 bilhões esperados pelo Banco Central. A estimativa do mercado foi divulgada pelo relatório Focus, elaborado a partir de levantamento realizado pelo BC com várias instituições financeiras.

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