Acordo permite vender pão por quilo

Desde ontem o pão francês está sendo vendido por quilo em Curitiba e Região Metropolitana. Numa decisão conjunta do Procon do Paraná, Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) e Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitarias do Estado do Paraná ficou estabelecido no último dia 19 de dezembro que os pães não mais seriam vendidos por unidade. Os donos de padarias tiveram vinte dias para adequação à nova determinação. O Procon deve realizar hoje a primeira fiscalização preventiva.

O presidente do sindicato dos panificadores, Joaquim Cancela Gonçalves, explicou que no Estado de Pernambuco e nas cidades de Juiz de Fora (MG) e Joinville (SC) a cobrança também já é feita por quilo. “No Paraná também há cidades que já fazem esse tipo de cobrança, como Umuarama, Ponta Grossa e Maringá. Para que as outras cidades também passem a cobrar por quilo de pão basta apenas a adequação dos Procons locais”, contou Gonçalves. Ele disse que as padarias devem se adaptar logo ao novo sistema de cobrança, que visa aumentar a credibilidade do meio e eliminar a concorrência desleal. “Só vai haver resistência onde houver irregularidades”, afirmou. Gonçalves contou que em algumas panificadoras do litoral do Estado o pão estava sendo vendido a R$ 0,20, mas ao invés de pesar 50 gramas tinha apenas 32 gramas, o que é irregular. Serão afetadas pela nova medida 1,3 mil panificadoras em Curitiba e região. Na padaria de Gonçalves o pão passou de R$ 0,25 a unidade para R$ 44,99 o quilo.

Fiscalização

O coordenador estadual do Procon, Algaci Túlio, contou que no primeiro dia de vigor da nova forma de cobrança não aconteceu nenhuma reclamação ao órgão. Túlio disse que equipes do Procon devem fazer uma ação preventiva hoje, para verificar se tudo que foi acordado está sendo cumprido. “Vamos dar um tempo para as panificadoras se adaptarem. Em seguida, assim como fazemos com o combustível e o gás de cozinha, vamos fazer pesquisas mostrando ao consumidor os locais mais baratos. Seremos firmes também para evitar o surgimento de cartéis no setor”, afirmou Túlio.

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