Acordo Mercosul-UE virou urgência

São Paulo

– Com o estouro da guerra entre os Estados Unidos e o Iraque, a necessidade de acelerar as negociações comerciais entre o Mercosul e a União Européia começa a ganhar força entre especialistas brasileiros e europeus. “Agora, mais do que nunca, nessa conjuntura internacional delicada, o acordo entre os dois blocos passou a ser de suma importância para o Brasil e estratégica para o Mercosul”, disse o diretor-executivo do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), Mário Marconini, durante o seminário “Acordo Mercosul-União européia: Além da Agricultura” e o lançamento do livro do mesmo nome, ontem, na Fiesp.

O vice-presidente do Cebri, Roberto Teixeira da Costa, que participou da abertura do evento, lembrou que o novo conflito no Golfo Pérsico despertou o temor sobre a sobrevivência ou não da Organização Mundial do Comércio (OMC), principalmente depois da “implosão” das Nações Unidas. “Temos de lutar para a preservação da OMC e para que, em Cancún, sejam encontradas respostas para a agenda definida durante a reunião ministerial em Doha, no Qatar”, disse Costa, ao se referir à próxima reunião ministerial marcada para setembro deste ano nesse balneário mexicano.

Os especialistas em comércio internacional acreditam que a deterioração das relações políticas e diplomáticas entre os Estados Unidos e a França, por causa da guerra, prejudicará significativamente as negociação comerciais no multilaterais. No meio disso, o Brasil pode ser o mais prejudicado, principalmente na área agrícola, na qual o País vem depositando suas maiores fichas para abrir, de vez, os mercados desses dois países, considerados entre os mais protecionistas do planeta.

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