economia

Abras vê vendas em volume perto da estabilidade em 2017

As vendas dos supermercados medidas pela quantidade de produtos comercializados devem ficar perto da estabilidade em 2017 na comparação com o ano anterior, na avaliação do presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo Neto. Durante evento promovido pela entidade em Atibaia, em São Paulo, Sanzovo Neto avaliou ainda que o crescimento da receita bruta tem sido limitado pela deflação de alimentos.

A Abras revisou em julho sua previsão de crescimento de receita bruta do setor de supermercados para 1,5% ante uma projeção anterior de 1,3%. A variação considerada está em termos reais. “Pode ser que não se atinja esse 1,5% de alta por conta do forte impacto da deflação nas receitas do setor”, comentou.

Dados da Abras e da GfK indicam que tem caído os preços dos itens mais consumidos. De acordo com Março Aurélio Lima, diretor executivo da GfK, o preço da cesta de produtos analisada pela companhia chega a registrar uma queda de 7% em agosto de 2017 na comparação com o mesmo mês de 2016.

O recuo de preços é o maior já observado nessa cesta de produtos pela GfK desde 2001. A queda de preço é ainda mais alta em itens básicos de consumo. Somados, os preços de carne de corte traseiro, feijão, arroz e batata tiveram um recuo de 18% nos últimos doze meses encerrados em agosto, também o maior recuo desde 2001 para estes itens.

A queda de preços de alimentos foi afetada sobretudo pela safra de grãos. Pela frente, no entanto, Lima acredita numa alta de preços de alguns itens como leite e óleo de soja. “Há produtores com uma rentabilidade muito baixa, portanto a tendência é que os preços subam”, diz. Apesar desse efeito, o dado acumulado do ano ainda deve ser de retração de preços, disse.

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