Abradee: energia industrial brasileira é a 6ª mais cara entre países da OCDE

A tarifa de energia da indústria atingiu o patamar de R$ 528,50 por megawatt-hora (MWh), a sexta mais alta entre países da OCDE, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee). Em dólar, a tarifa é de US$ 151 e só perde para países como Itália, Alemanha, Japão, Reino Unido e Espanha. E é mais alta do que a de países como Grécia, França, Turquia, Dinamarca, Canadá, Suécia, Estados Unidos e Coreia do Sul.

De 2014 para 2015, o Brasil ganhou uma posição nesse ranking, ultrapassando a Grécia. O avanço só não foi maior porque o real perdeu valor em relação ao dólar neste ano, o que diminuiu o impacto da tarifa. A comparação considera as tarifas de agosto, um dólar de R$ 3,50 e incluiu impostos.

Já a conta de luz do consumidor residencial chegou a R$ 609,00 por MWh. Na comparação com outros países da OCDE, a tarifa no País é a décima mais alta. Em dólar, está em US$ 174 por MWh. No ranking, o Brasil perde para Dinamarca, Alemanha, Espanha, Itália, Reino Unido, Japão, Grécia, Suécia e França, mas ganha da Turquia, Estados Unidos, Coreia do Sul e Canadá.

Inflação

Com base em dados do IPCA, a Abradee informou que a tarifa de energia elétrica residencial acumula uma alta de 797% de janeiro de 1994 a junho de 2015, menos que o salário mínimo, gás de cozinha e aluguel, e mais que o transporte público, comunicação, serviços pessoais, plano de saúde, alimentação fora de domicílio e gasolina.

De acordo com o presidente da Abradee, Nelson Leite, o Índice de Satisfação com a Qualidade Percebida (ISQP) foi de 77,3%. No ano passado, o índice foi de 78,9%. Em relação a 15 países da América Latina e Caribe, o índice ficou acima da média de 74,5%.

Na comparação com os Brics, a qualidade de fornecimento de energia atingiu 4,1. A nota variava de 1 a 7. A nota é melhor que a da Índia (3,4) e da África do Sul (3,6), mas pior que Rússia (4,8) e China (5,2).

De acordo com a Abradee, na conta de luz, 41% pagam a geração de energia, 40% os encargos setoriais, 16% as empresas de distribuição e 3% a transmissão.

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