A indústria brasileira encerrou o mês de agosto com vendas de 213,944 mil toneladas de papelão ondulado, o pior resultado do setor desde abril deste ano, segundo levantamento divulgado hoje pela Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), entidade que representa o setor. As vendas de papelão ondulado são consideradas um termômetro para o desempenho da economia como um todo, já que o material é utilizado na fabricação de embalagens.
Após atingir recorde de 227,841 mil toneladas vendidas em maio, o volume de vendas apresenta três quedas mensais seguidas desde então: baixa de 4,18% em junho, recuo de 0,23% em julho e queda de 1,78% em agosto, sempre em comparação com o mês anterior. O resultado atualizado de julho foi de 217,811 mil toneladas comercializadas.
Apesar disso, o indicador ainda apresenta resultado expressivo na comparação com os dados de 2009. Segundo projeção preliminar da entidade, o volume comercializado em agosto foi 10,34% superior ao do mesmo período do ano passado. No entanto, esta é a menor alta registrada nessa base de comparação em 2010.
As vendas de janeiro a agosto deste ano totalizaram 1,687 milhão de toneladas, uma expansão de 17,19% em relação ao mesmo período do ano passado. Este é o maior patamar da história para o intervalo. Segundo afirmou recentemente o presidente da ABPO, Ricardo Trombini, a desaceleração do indicador no segundo semestre de 2010 já era esperada, devido à maior base de comparação registrada a partir de julho de 2009. A mais recente projeção da entidade prevê que o setor encerrará 2010 com alta de até 12% em relação ao ano passado.