Abit: imposto menor faria têxtil crescer 69% até 2025

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Aguinaldo Diniz Filho, antecipou, nesta segunda-feira dados de um estudo que será apresentado para o governo federal sobre regime tributário e competição. De acordo com o documento, em elaboração, se a carga tributária de confecção fosse entre 5% e 10% em impostos federais, o setor poderia crescer 69% até 2025.

Atualmente, a carga tributária média (apenas impostos diretos incidentes sobre a venda e contribuição patronal e previdenciária) do setor é de 18% sobre a receita bruta, segundo a Abit.

Diniz Filho explicou que essa redução em imposto poderia contribuir, por exemplo, para um aumento de 33% nas vagas de trabalho em confecções no período ou uma geração de 300 mil empregos. “Isso poderia beneficiar a confecção, fortalecendo toda a cadeia desde o campo e o algodão até o varejo”, disse.

Dólar

O dirigente destacou que outro problema enfrentado pelo setor está relacionado ao câmbio. “Um câmbio de R$ 2,20 a R$ 2,25 seria o ideal. Muita coisa mudaria. O problema é tentar controlar a inflação pelo câmbio. É uma saída, mas não é solução”, disse.

Diniz Filho explicou que o faturamento do setor vem sendo prejudicado pela dificuldade de repassar preços, frente à concorrência dos importados que se beneficiam do câmbio e da carga tributária menor que a brasileira. “Não tivemos ajuste de preços em 2011 e 2012 em função disso, o que impactou no faturamento menor na comparação anual e motivou uma previsão de queda para 2013.”

A Abit projeta faturamento de US$ 53 bilhões em 2013 e de US$ 56,7 bilhões em 2012.