economia

Abiquim: importações crescem 3,8% em agosto ante agosto de 2016 para US$ 3,7 bi

As importações de produtos químicos somaram de US$ 3,7 bilhões em agosto de 2017, maior valor registrado para um único mês desde julho de 2015, quando foram importados US$ 3,9 bilhões em produtos químicos, informa a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). O montante corresponde a um crescimento de 16% em relação a julho e de 3,8% ante agosto de 2016.

Em termos de volumes, foram importadas 4 milhões de toneladas em agosto, maior marca desde novembro de 2014, quando foram importadas 4,2 milhões de toneladas. A quantidade representa um aumento de 2,5% em relação a julho e de 5,9% na comparação com agosto de 2016.

No acumulado do ano, as compras externas de produtos químicos totalizam US$ 24,1 bilhões, elevação de 6,7% frente ao mesmo período de 2016. O volume de importações, de 28,9 milhões de toneladas, cresceram 20,8% no mesmo período de comparação.

Exportações

Já as exportações somaram US$ 1,2 bilhão em agosto, elevação de 9,5% na comparação com julho e de 11,8% em relação ao mesmo mês de 2016. Em volume, o resultado de agosto foi 0,5% superior em relação ao mês anterior e 3,9% maior do que o registrado em agosto do ano passado.

No acumulado do ano, as exportações alcançaram US$ 8,9 bilhões, valor 11,3% acima daquele registrado entre janeiro e agosto de 2016.

Déficit

Segundo a Abiquim, o déficit na balança comercial de produtos químicos, até agosto, somou US$ 15,2 bilhões, valor 4,1% superior ao registrado em igual período de 2016.

Nos últimos 12 meses (setembro de 2016 a agosto deste ano), o déficit comercial atingiu a marca de US$ 22,6 bilhões. A previsão da Abiquim é de que até o final do ano o resultado poderá ser superior aos US$ 23,5 bilhões.

Em nota, a diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Naranjo, diz que é extremamente preocupante o fato de que a inexistência de políticas públicas que incentivem a agregação de valor na indústria química já esteja se traduzindo em desativação de unidades produtivas e escalada da participação do produto importado no consumo doméstico.

“Apesar de ainda modesta a retomada da demanda por produtos químicos, continua crescente a importação de mercadorias que teriam totais condições de serem fabricadas no País. É imprescindível uma política industrial coerente à realidade brasileira e que elimine a pressão dos elevados custos de energia, de gás-natural e de nafta, elementos fundamentais para a manutenção das unidades industriais, com uma maior utilização de suas capacidades instaladas, e estratégicos para a atração de novos investimentos”, destaca Denise.

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