Abinee quer ?tarifa amarela? de energia para residência e comércio

A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) engajou-se na defesa da adoção, pelas distribuidoras de energia elétrica, de tarifas diferenciadas no horário de pico para os consumidores de baixa tensão (residenciais e comerciais), a exemplo do que já ocorre com as indústrias.

A iniciativa, que proporcionaria ao País o benefício de uma desconcentração do consumo no horário de ponta (o período crítico do uso de energia que, em São Paulo, ocorre entre 17 e 20 horas), reduzindo o risco de eventuais sobrecargas, tem, para os fabricantes de medidores de consumo abrigados sob a Abinee, a missão especial de reativar as vendas dos equipamentos, que estão em queda livre.

De acordo com o vice-presidente da associação, Álvaro Dias Júnior, que também é diretor-geral da Siemens Metering Ltda., as vendas de equipamentos de medição de consumo de energia elétrica voltaram aos níveis de 1996 por conta da crise econômica brasileira e dos sobressaltos também de origem econômica ou política vividos por Argentina, Colômbia e Venezuela, tradicionais compradores. ?Vivemos uma redução de 50% de nossas vendas, em relação à média dos últimos cinco anos?, afirmou Dias.

A adoção de um sistema tarifário com diferentes níveis de preços de acordo com o horário de consumo poderia estimular a aquisição de medidores com tecnologia digital para as novas ligações e para a substituição dos equipamentos mais antigos. Os velhos medidores eletro-mecânicos, que estão presentes em 95% dos cerca de 40 milhões de clientes residenciais, não podem discriminar o nível de consumo por horário, lembra ele.

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