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Foto: Arquivo

Abate de animais neste ano deve manter estabilidade.

Rio – O abate de bovinos no País cresceu 7,8% no ano passado em relação a 2005, totalizando 30,2 milhões de cabeças. O gerente de pecuária da Coordenação de Agropecuária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Octávio Costa de Oliveira, considerou o crescimento ?expressivo?, já que ocorreu apesar dos problemas com as exportações de carnes em conseqüência do embargo da Rússia e do câmbio desfavorável.

 ?O abate de bovinos foi o destaque em 2007, já que cresceu em ritmo relativamente forte, apesar das dificuldades de rentabilidade dos produtores?, disse. O IBGE divulgou também que no ano passado ante 2005, houve expansão de 8,7% no abate de suínos (25,5 milhões de cabeças) e 2,1% no de frangos (3,9 bilhões de animais). Costa de Oliveira observou que o redirecionamento da produção de aves para o mercado interno, após a redução do consumo mundial com os problemas da gripe aviária, garantiu o aumento de abate desses animais.

Além disso, a recuperação de preços, também no mercado doméstico, aumentou em 4,4% a produção de ovos de galinha, para 2,1 bilhões de dúzias. A pesquisa apurou também aumento de 2,3%, em 2006 ante o ano anterior, na aquisição de leite (16,7 bilhões de litros em 2006) pelas empresas processadoras do produto.

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Para 2007, Costa de Oliveira espera uma estabilidade no abate de animais no País. Segundo ele, a expectativa é de ampliação do volume exportado de carnes com o fim do embargo russo, mas o câmbio deverá reduzir o faturamento com as exportações.

O diretor de pecuária apresentou também dados históricos do abate de animais no Brasil. Segundo ele, o abate de bovinos aumentou 76,9% de 2000 a 2006. A expansão no abate de suínos foi de 54% e o de frangos, de 50%.

Benefício ao consumidor

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O consumidor brasileiro se beneficiou da queda de 6,38% registrada nas exportações de frango em 2006. Segundo a analista do departamento de Agropecuária do IBGE, Adriana Santos, a retração nas vendas para o exterior, principalmente a partir do segundo semestre, levou a uma queda de 12% no faturamento e elevou a oferta do produto no mercado interno. Por causa disso, o quilo do frango chegou a custar cerca de R$ 1.

?Devido à restrição da comercialização externa, a produção de frango foi redirecionada para o mercado interno. Com isso, houve aumento da oferta do produto e, conseqüentemente, redução do preço para o consumidor final?, diz ela.