Dossiê: dono de avião omitiu sociedade com Valdebran

O dono da empresa MS Táxi Aéreo, Arlindo Dias Barbosa, omitiu fatos relevantes da Polícia Federal e pode ser indiciado por falso testemunho. Em depoimento anteontem, ele disse que não conhecia Valdebran Padilha – teria apenas negociado um vôo de São Paulo a Cuiabá – e não sabia "qual era o passageiro e o que levaria de bagagem". A PF acredita que Valdebran queria fazer o transporte do R$ 1,75 milhão para pagar o dossiê Vedoin, destinado a relacionar tucanos com a máfia das ambulâncias.

Ontem, o delegado Diógenes Curado ficou sabendo que Barbosa conhece Valdebran. As famílias dos dois são sócias numa outra empresa de táxi aéreo, a Airtechs, de Santo Antônio do Leverger, a 150 quilômetros de Cuiabá. "Ele não podia ter omitido esse fato", queixou-se Curado, que decidiu tomar novo depoimento de Barbosa, agora como suspeito.

A Airtechs está registrada em nome do irmão de Barbosa, Orides, e de duas filhas deste, Ana Laura Cintra Barboza e Julianna Cintra Barboza. O delegado requisitou cópia da ata de constituição da empresa.

Valdebran também será convocado para novo depoimento a fim de esclarecer contradições na versão que apresentou.

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