Dólar fecha a R$ 3,35, menor valor desde 17 de setembro

O dólar encerrou a primeira segunda-feira do ano em queda de 3,03%, a R$ 3,35 para venda e R$ 3,34 para compra, abaixo do patamar de R$ 3,40 pela primeira vez desde 20 de setembro e o menor valor desde os R$ 3,3245 do dia 17 daquele mês. Embalados pelo otimismo com o novo governo, analistas já mencionam inclusive um recuo para R$ 3,20.

Além do otimismo político, a queda do dólar é alimentada pela entrada de recursos externos no país, sejam dólares captados por bancos, sejam linhas de financiamento obtidas por empresas. Na última quinta-feira, o Bradesco anunciou a captação de US$ 50 milhões em eurobônus, que deve atingir resultados acima dos esperados. Na últimas duas últimas semanas de dezembro, o mesmo banco e o Itaú juntos captaram US$ 325 milhões.

A melhora das expectativas se refletiu também entre os investidores estrangeiros. O risco Brasil despenca mais de 7% e opera no patamar dos 1.200 pontos pela primeira vez desde junho. Analistas destacaram no noticiário de hoje a possibilidade de o governo elevar para mais de 4% a meta do superávit primário para este ano, contra 3,75% da meta atual.

Embora o ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, tenha afirmado que não há nada decidido sobre o assunto, os investidores foram positivamente impressionados pelo discurso austero da nova administração. Poucos se arriscam a prever um novo piso para o dólar, mas o patamar de R$ 3,20 já é vislumbrado pela maioria. Analistas acrescentam ainda que dificilmente a moeda recuará abaixo deste valor, já que o impacto seria negativo sobre a balança comercial.

O porém agora é o cenário externo, com a iminência de uma guerra entre EUA e Iraque com consequências desastrosas sobre os preços do petróleo. Por enquanto, os mercados norte-americanos estão otimistas graças ao anúncio, prometido para amanhã, de um pacote do governo de George W. Bush para dar novo fôlego à economia do país, a maior do mundo.

Voltar ao topo