Dólar comercial abre em baixa, negociado a R$ 2,135

A taxa de câmbio abriu em leve baixa hoje no mercado interbancário e na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Às 9h32, o dólar comercial era negociado a R$ 2,135, recuo de 0 09%. No pregão viva-voz da BM&F, o dólar trocava de mãos a R$ 2 132, baixa de 0,26%, nos contratos de liquidação à vista.

Enquanto os EUA votam para eleger o novo parlamento, no Brasil, o presidente reeleito Luiz Inácio Lula da Silva começa a ventilar os nomes que deverão vir a compor sua equipe econômica no segundo mandato. E esses dois assuntos, mais o anúncio de uma nova captação externa soberana do Brasil, devem ser os principais a pautar o mercado doméstico de câmbio na manhã desta terça-feira. Ou seja, mais uma vez, o acontecimentos externos recomendam cautela. Os internos, reforçam as perspectivas positivas para o País.

Depois de se sentirem aliviados com os discursos que o presidente Lula fez após se consagrar vitorioso no segundo turno das eleições, os investidores, hoje, tendem a comemorar as informações de que Guido Mantega e, principalmente, Henrique Meirelles, devem continuar no comando da Fazenda e do Banco Central, respectivamente. Quando as coisas caminham bem, o mercado gosta de continuidade e deve considerar a disposição de Lula em manter os comandantes da equipe econômica uma boa notícia, embora esteja consciente de que isso não deve impedir uma atenção maior ao crescimento econômico nos próximos anos. Também não deve incomodar o fato de ter sido noticiado que outros nomes da diretoria do BC devem ser trocados. Vale ressaltar, no entanto, que as informações não são oficiais e qualquer comemoração deve ser limitada.

Até porque, lá fora, o mercado opera comedido à espera do resultado das eleições dos EUA. Na Ásia, mesmo com resultados positivos de empresas importantes, os investidores optaram por manter a bolsa de lado. Já na Europa, as bolsas reagiam a declarações feitas ontem pelo presidente do Fed de Chicago, Michael Moskow, de que a economia dos EUA deve se recuperar do enfraquecimento do terceiro trimestre. Porém, à noite, a presidente do Fed de Cleveland, Sandra Pianalto, disse que se a inflação não diminuir, o Fed (banco central americano) pode elevar a taxa de juros de novo.

Por aqui, a cautela com a eleição norte-americana não impediu que o Tesouro Nacional concedesse mandado para uma emissão de bônus da República denominados em dólar com prazo de vencimento em 2017. O anúncio foi feito durante a madrugada, com o objetivo de atender ao mercado asiático.

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