Dólar acumula valorização de 1,58%

O dólar comercial fechou ontem registrando seu maior valor na semana já refletindo a realocação dos investimentos com a provável redução dos juros na próxima semana e a oferta menor de hedge em títulos cambiais em julho. A moeda norte-americana terminou a sexta-feira a R$ 2,889, com valorização de 0,66%. No mês, acumula elevação de 1,58%.

O preço relativamente baixo do dólar, porém, é a principal explicação para a alta de ontem, segundo operadores, que também dizem que o volume de negócios foi pequeno. Empresas que têm contas a pagar lá fora aproveitam para comprar.

Entretanto, a expectativa de entrada de recursos captados por companhias brasileiras lá fora se mantém elevada, e a queda registrada pelos risco-país nos últimos dois dias justifica as previsões otimistas de que até o final de julho ainda vão ingressar no mercado mais US$ 1 bilhões proveniente de captações.

O risco recuou ontem 3,42%, para 734 pontos. O C-Bond, principal título da dívida externa do país, foi negociado a 90,375% do valor de face, com elevação de 1,19%.

O assunto mais comentado pelo mercado é a reforma da Previdência. Apesar de as alterações já acertadas – manutenção da aposentadoria integral e da paridade de reajuste entre servidores da ativa e aposentados para os atuais funcionários públicos – não prejudicarem a eficácia da reforma, os investidores se mantêm cautelosos à espera dos próximos capítulos do debate.

Por causa da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) na próxima semana, as discussões sobre juros aumentam. Especialistas dizem que um corte forte da taxa Selic, que está atualmente em 26% ao ano, pode elevar as cotações da moeda norte-americana no final deste mês, já que aponta para menores rendimentos dos investimentos estrangeiros no Brasil.

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