Documento anuncia metas para o desenvolvimento sustentável

O Brasil fez a lição de casa e chegará em agosto à Conferência Mundial do Meio Ambiente, em Joanesburgo, na África do Sul, com a Agenda 21 Brasileira pronta. O documento lista ações prioritárias de promoção do desenvolvimento sustentável que podem ser adotadas por governos, empresários e organizações não-governamentais.

?Trata-se na verdade de uma mudança de cultura. E cultura não se muda por decreto, nem de um dia por outro, é um processo?, resumiu o presidente Fernando Henrique Cardoso, ao lançar hoje a Agenda 21 e comentar que a civilização atual é fruto de um período em que não houve preocupação com o meio ambiente e a finitude dos recursos naturais. ?Nossa expectativa é de que o documento referendado pela sociedade civil sirva de referência para a elaboração do Orçamento da União e para o próximo Plano Plurianual para o período 2004-07?, declarou o ministro do Meio Ambiente, José Carlos Carvalho.

O representante do fórum de ONGs, Rubens Born, quer que a agenda seja um instrumento de mudança social.

Entre as ações ressaltadas na Agenda 21 estão o ecoturismo, a agricultura sustentável, controle do desmatamento, bolsa-escola, transferência de tecnologias, investimento em mecanismos de desenovlvimento limpo, saneamento e fim do desperdício de água e luz.

Os empresários podem participar adotando programas de reutilização de água e de combate ao desperdício e o cidadão, deixando de jogar lixo nas ruas, por exemplo. Segundo o ministro  a Agenda 21 é um plano voltado para dentro do País que reforçará negociações futuras na área de comércio internacional. Adotando as ações previstas na agenda o País poderá, por exemplo  exigir remuneração pela proteção de meio ambiente na obtenção de matérias-primas exportadas. E brigar para que 10% da matriz energética seja de fontes renováveis, posição que o Brasil defenderá na conferência de Joanesburgo, conhecida por Rio+10.

Voltar ao topo