Dívida pública fica estável em 50,3% do PIB em julho

A dívida líquida do setor público ficou estável em julho em relação a junho em 50,3% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o Departamento Econômico do Banco Central. Em valores absolutos, no mesmo período, a dívida aumentou de R$ 1,024 trilhão para R$ 1,030 trilhão.

No ano, a dívida líquida em relação ao PIB acumulou queda 1,2 ponto porcentual. De acordo com a nota do BC, o superávit primário contribuiu com 3,1 pontos porcentuais do PIB para essa redução e o efeito do crescimento do PIB valorizado com outros 2 6 pontos porcentuais.

O efeito da valorização acumulada no ano do câmbio de 7% , segundo o BC deu a contribuição adicional de 0,3 ponto porcentual para a queda da dívida e as privatizações ajudaram com mais 0,1 ponto porcentual. Na outra ponta, os juros nominais e o ajuste de paridade da cesta de moedas que compõe a dívida externa líquida, ajudaram a aumentar a dívida em 4,6 pontos porcentuais e 0,2 ponto porcentual, respectivamente.

Ainda de acordo com o BC, a dívida bruta do governo geral (governo federal, INSS, governos estaduais e municipais) caiu em julho ante junho, de 72% do PIB para 70,8% do PIB. Em valores absolutos a dívida bruta do governo geral recuou, em julho ante junho, de R$ 1,465 trilhão para R$ 1,451 trilhão.

Superávit primário

O setor público apresentou, em julho, um superávit primário de R$ 5,615 bilhões. Nessa conta, não são contabilizados os pagamentos de juros. O governo central, no período, registrou superávit primário de R$ 3,601 bilhões, enquanto os governo regionais (Estados e municípios) apresentaram superávit de R$ 1 677 bilhão, sendo R$ 1,276 bilhão dos governo estaduais. As empresas estatais registraram saldo positivo de R$ 337 milhões, sendo R$ 311 milhões das estatais estaduais.

Em julho do ano passado, o superávit primário do setor público foi de R$ 8,796 bilhões. De janeiro a julho deste ano, o superávit acumulado no setor público foi de R$ 62,769 bilhões, o correspondente a 5,39% do PIB do período. Desse resultado, R$ 42 132 bilhões são do governo central, R$ 13,234 bilhões dos governos regionais e R$ 7,403 bilhões das empresas estatais. Nos sete primeiros meses de 2005, o superávit acumulado foi de R$ 68 745 bilhões, o que correspondiam, na época a 6,36% do PIB.

No acumulado dos últimos 12 meses, encerrados em julho, o superávit primário foi de R$ 87,529 bilhões, sendo R$ 51,848 bilhões originados no governo central, R$ 19,636 bilhões, nos governo regionais e R$ 16,045 bilhões, das empresas estatais. O resultado acumulado em 12 meses representa 4,33% do PIB. A meta de superávit primário para o setor público é de 4,25% no ano.

Se se considerar as despesas com juros, o setor público consolidado registrou em julho déficit nominal de R$ 7,84 bilhões. O resultado foi decorrente do pagamento de R$ 13,455 bilhões de juros, enquanto o superávit primário de R$ 5,615 bilhões. Em julho de 2005, o déficit nominal foi de R$ 3,340 bilhões, resultado de um pagamento de juros, na ocasião, de R$ 12,136 bilhões e superávit primário de R$ 8,796 bilhões.

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