Diretor geral da ANP defende licitações e prepara Sétima Rodada

O diretor geral da Agência Nacional do Petróleo, Sebastião do Rego Barros, voltou a defender hoje a realização da Sétima Rodada de Licitação de Áreas para Exploração e Produção de Petróleo e Gás no país. Ao afirmar que a ANP já trabalha na preparação da próxima rodada, ele criticou os que defendem “que o país mantenha uma relação de 18 anos, entre produção e reserva de petróleo”.

Falando para uma platéia de empresários e autoridades do setor petrolífero, durante o 2º Fórum IBEF de Óleo e Gás, no Jóquei Clube Brasileiro, Rego Barros, se posicionou contrário à secretária de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Maria das Graças Foster. Durante a sexta Rodada, ela admitiu a possibilidade de que o governo não realizasse a Sétima Rodada, no próximo ano. Na ocasião, ela afirmou que isso ?dependerá da situação macroeconômica do país e da relação reserva/produção, o que ainda está em estudo do âmbito do Ministério?.

O embaixador Rego Barros afirmou que, por ser detentor de um mandato à frente de uma agência reguladora independente, tem maior liberdade para defender o setor. ?Ela (Maria das Graças Foster) trabalha para o governo, enquanto eu sou diretor geral de uma agência reguladora, possuidor de um mandato ? que aliás se extingue em 15 de janeiro próximo ? e me sinto com mais liberdade do que um membro do governo para defender esta posição. Até porque, eu tenho a convicção de que ao fazer isto eu estou defender os interesses do Brasil e, portanto, ajudando também o governo?.

Na palestra, em que fez um balanço dos ?êxitos? da Sexta Rodada, o diretor geral da ANP chegou a sugerir aos investidores que “pressionem o governo para possibilidade de investimentos” que levem ao desenvolvimento do setor de petróleo e gás no país. ?Acho importante esta pressão para que o setor possa receber os investimentos que permitam o seu desenvolvimento. Até porque o petróleo, que hoje é um bem estratégico, pode vir a não ser mais daqui a 20 ou 30 anos. Não podemos conviver com a idéia de que o país fique sentado sobre suas riquezas e que os pobres de hoje deixem para os pobres de amanhã suas reservas de petrolíferas?.

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