Diretor diz que não compete ao BC apurar vazamentos

O diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), Paulo Sérgio Cavalheiro, afirmou hoje que não cabe à instituição financeira apurar eventuais vazamentos de informação que forneceu, à Justiça ou a comissões parlamentares de inquérito (CPIs). Segundo Cavalheiro, vazamentos casuais não vão alterar o procedimento do BC de enviar os dados a CPIs, quando forem devidamente pedidos, porque esta é uma atitude legal. “Uma vez que as informações são fornecidas aos órgãos competentes, seja ao Poder Judiciário ou CPI, as informações estão de posse de outros órgãos. Não cabe ao BC cuidar desse tipo de informação. Ele cuida das informações que ele tem nos seus arquivos e isso, posso assegurar, que cuidamos muito bem. Ao longo da história do Banco Central, não houve nenhum vazamento de informação”, afirmou.

Ele deu as declarações após ter sido homenageados com outras 16 pessoas, pela CPI da Câmara que apurou a pirataria. A homenagem foi feita aos que se destacaram no apoio aos trabalhos da comissão e inclui delegados da Polícia (PF) e Receita Federal e Procuradores da República, entre outros.

Na solenidade, o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), disse que as CPIs têm de funcionar, mas que não podem cometer exageros.

“É preciso ter rigor ético-profissional para que as comissões cumpram o que esperamos. Eventualmente, comete-se um erro, às vezes de método ou exagero por parte de alguém”, disse.

“É importante que não se utilize de eventuais vazamentos que não correspondem à realidade para esconder o que é crime”, completou.

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