Para os trabalhadores com data?base em janeiro, que fecharam os piores acordos, a inflação acumulada foi de 10,38%. Já as categorias com data-base em junho utilizaram como referência uma inflação acumulada de 4,99%. As convenções coletivas de categorias profissionais resultaram em negociações melhores que os acordos coletivos de trabalho, firmados entre sindicatos de trabalhadores e empresas.
As maiores conquistas foram obtidas pelos trabalhadores da indústria, de acordo com o estudo do Dieese. Nesse setor, 84% das negociações resultaram em reajustes no mínimo equivalentes ao INPC. No comércio, o índice ficou em 75% e, nos serviços, em 74%. Na avaliação do Dieese, o crescimento da indústria, de 7,7% no primeiro semestre de 2004, favoreceu as negociações do setor.
Os trabalhadores da região Sul tiveram os melhores resultados em negociações: 91% do total das categorias conseguiram recomposição salarial, sendo que 59% conquistaram ganhos reais e 32% tiveram reajuste igual à inflação. Na região Sudeste, o percentual de reajuste igual ou superior ao INPC foi de 73%, no Nordeste, 70%, e no Centro-Oeste, 64%.
Por setor, 53% das categorias analisadas representam trabalhadores industriais, 37% referem-se a serviços e apenas 9% das informações coletadas dizem respeito ao setor de comércio. Mais de 80% dos resultados foram coletados nas regiões Sul e Sudeste. Cerca de 13% das negociações analisadas foram firmadas no Nordeste, 5% no Centro-Oeste e apenas 1% no Norte do país. Nenhum acordo teve abrangência nacional.
continua após a publicidade
continua após a publicidade