Desenvolvimento sustentável

Motivos para festejar, o governo Luiz Inácio Lula da Silva vai angariando numa sucessão digna de fazer inveja a muitos chefes de estado. A mais recente cereja posta no creme presidencial foi o índice de 1,4% de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), nos primeiros três meses do ano.

Mais impressionante tornou-se o informe e com justa razão, ao quedar explícito que a expansão da economia se deveu ao crescimento do mercado interno, a primeira vez que tal fato ocorre desde 2003, demonstrando que nem só do comércio exterior os governos deveriam esperar números positivos para o desempenho da economia.

Os gastos públicos tiveram aumento de 1% no citado período, o consumo privado subiu meio por cento e os investimentos se expandiram à taxa de 3,7%. A somatória resultou no crescimento de 1,4% do PIB no primeiro trimestre, o maior percentual de crescimento anotado desde o terceiro trimestre de 2004, quando a economia teve um salto de 1,5% em relação ao trimestre anterior.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, acentuou que o crescimento do nível de investimentos no setor produtivo está se dando de forma equilibrada, permitindo a antevisão de um ciclo seguro de desenvolvimento sustentável, tendo em vista a facilidade de compatibilizar a capacidade de produção com os prognósticos de elevação da demanda.

De olho gordo nas vantagens que o crescimento do PIB representa para a planificação político-eleitoral do presidente Lula, o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, não por acaso responsável pela articulação política do governo, enfatizou que o índice revelado assegura o crescimento de 4,5% até o final do ano. O otimismo de Tarso o leva a sonhar com índice de crescimento algo mais expressivo, além de permitir-se a liberdade de doutrinar sobre o que considera a ?correção estratégica? do projeto até aqui desenvolvido pelo presidente da República.

Na verdade, é importante atestar que a expansão do PIB teve como âncora a expansão do consumo interno, um indicativo da melhoria da condição financeira das corporações públicas e privadas, mas, sobretudo, dos indivíduos que compõem a sociedade. Essa mudança da forma de crescer, amparada na solidez da estratégia da política econômica de médio e longo prazo, poderá ser o pórtico de um futuro promissor que os brasileiros tanto anseiam e merecem.

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