Desafio é levar energia a 12 milhões de pessoas, diz ministra

A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, afirmou hoje (23), na solenidade de posse do novo presidente de Itaipu, Jorge Samek, que o desafio do atual governo é acabar com a exclusão elétrica. Pelos seus cálculos, 12 milhões de pessoas não têm acesso à energia elétrica, o que significa que essa parte do País ainda não chegou sequer ao século 20. ?Chegaremos lá. Isso é um desafio estratégico?, disse.

Segundo ela, o atual governo jamais vai ?deixar que o País passe por um processo problemático? como o da crise de energia de 2001. Ela voltou a fazer críticas ao governo anterior  lembrando que a crise de energia foi prevista por muitos técnicos, que não foram ouvidos. ?Foram dois apagões e oito meses de racionamento grave para o País… A energia se transformou em barreira para o crescimento econômico?, afirmou a ministra.

Em seu discurso, Samek disse que a orientação a ser adotada na empresa terá como parâmetro ?acabar com a fome, com o desemprego?. ?Vamos colaborar na atividade turística, na piscicultura e na irrigação, incentivando parcerias com as prefeituras. Não esquecendo também da conservação ambiental, que vai merecer atenção redobrada.? Ele afirmou que a empresa está ?afinada em resgatar a dívida social?.

A empresa, afirmou Samek, terá em 2004 uma oferta de 14 mil megawatts (MW) de energia, ante os 12,6 mil MW atuais. O aumento da oferta será possível com a entrada em operação das duas últimas usinas geradoras das 20 que integram o sistema. ?Gerar energia é a nossa principal função, mas podemos ajudar muito mais que evitar um novo apagão?, afirmou Samek, ao ressaltar que a Itaipu estará voltada para o desenvolvimento da região em torno da hidrelétrica.

Samek acrescentou que ?a falta de planejamento e o apagão serão apenas lembranças do passado?. Ele disse que Itaipu, considerada a maior empresa geradora de energia do continente, hoje é responsável pelo fornecimento de 25% da energia consumida no Brasil e de 95% da do Paraguai. Itaipu, ressaltou, deverá ajudar o Brasil na reconstrução do Mercosul.

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