Depoimento de garotas de programa incriminam deputado do DF

A situação do presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, deputado Benício Tavares Cunha Mello (PMDB) ficou ainda mais complicada após o depoimento das garotas de programa na Delegacia Especializada de Proteção e Assistência à Criança (Deapca). Quatro delas garantiram a participação do parlamentar em orgia sexual ocorrida no iate de luxo Amazônia, a caminho de Barcelos. Segundo elas, pelo menos 17 mulheres – a maioria menor de idade – participaram de todo o tipo de orgia durante o trajeto.

O envolvimento do parlamentar foi descoberto porque algumas das garotas voltaram de Barcelos, no dia 19, a bordo do barco regional Princesa Laura, que naufragou no Rio Negro provocando a morte de 13 pessoas, entre elas cinco garotas do grupo que viajara no iate Amazônia acompanhando o deputado e um grupo de homens. Com o naufrágio, a prática de aliciamento de garotas de programa para orgias a bordo foi revelada.

De acordo com os depoimentos das garotas de programa à delegada Graça Silva, da Deapca, o deputado Benício era um dos mais atuantes durante a orgia sexual. Sempre alardeando sua condição de deputado, andava sempre com uma pasta preta, da qual retirava dinheiro para pagar as moças por alguns “atendimentos extras”. Uma delas contou que o deputado havia pago R$ 1 mil para que uma das meninas praticasse sexo anal com ele.

Hoje (29) pela manhã, mais quatro garotas prestaram depoimento e praticamente repetiram o que as outras cinco haviam dito na terça-feira, incriminando ainda mais o deputado e os demais participantes da orgia. Destes, somente o empresário paulista Flávio Talmelli foi oficialmente identificado.

De acordo com a delegada Graça Silva, os envolvidos devem ser indiciados por favorecimento à prostituição, artigo 228 do Código Penal, que prevê pena de até cinco anos de prisão.

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