Denise Martins Arruda

Tive o prazer de conhecer Denise Martins Arruda, quando cursava a Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná, no período de 1958/1962, e, com ela, participei do Coral Universitário, que, sob a regência do maestro Mário Garau, reunia os estudantes de quase todas as faculdades da Universidade.

Ingressamos, depois, na carreira da magistratura, e atuamos em várias Comarcas do Estado. Voltei, então, a encontrá-la, quando era Juiz de Direito da Vara Criminal de Apucarana, o Dr. Vicente Troiano Netto, Juiz da Vara Cível, e ela Juíza de Jandaia do Sul. Nessa época, recordo-me que, freqüentemente, nos reuníamos para discutir sobre questões complexas de direito, que eram submetidas à nossa apreciação naquelas Comarcas.

A partir daí, nossa amizade foi aumentando, estendendo, também, aos meus familiares, pois Denise conheceu minha esposa Maria Inês e meus filhos Gustavo e Eduardo, ambos nascidos em Apucarana.

Em Curitiba, exercendo o cargo de Juiz de Direito Substituto, daqui acompanhei a brilhante carreira de Denise, na Comarca de Londrina e, na seqüência, como Juíza de Direito Substituta da Capital e como titular Vara Cível. Lembro-me que, nessa época, como membro da 4.ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça, participei de vários julgamentos da Câmara, em que Denise funcionou, na condição de Juíza de Direito Convocada, como relatora ou revisora, substituindo os Desembargadores Wilson Reback e Troiano Netto.

Promovida para o Tribunal de Alçada do Paraná, Denise integrou a 5.ª Câmara Cível, que foi por mim instalada e presidida por vários anos. Ocupou, em seguida, o cargo de Vice-Presidente do Tribunal, na gestão do juiz Onésimo da Anunciação, até ser promovida, em 2002, para desembargadora do Tribunal de Justiça do Paraná, passando a compor a 7.ª Câmara Cível, integrada por mim e pelos Desembargadores Onésimo da Anunciação e Mário Rau, e, também, o 4.º Grupo de Câmaras Cíveis. Na última sessão da 7.ª Câmara, em que participou, realizada no dia 7 de outubro, Denise foi homenageada pelos seus componentes com uma placa, em reconhecimento pela sua destacada e exemplar atuação na Câmara, recebendo, também, os votos de pleno sucesso nas suas novas funções, junto ao egrégio Superior Tribunal de Justiça, em Brasília.

A convivência, quase diária, no período de início de 2002 até outubro do corrente ano, estreitou ainda mais a nossa amizade. Por isso, é grande a minha satisfação pela nomeação da ilustre Desembargadora Denise Martins Arruda, para o honroso cargo de Ministra do Superior Tribunal de Justiça, cuja posse deverá posse ocorrer no próximo dia 18, para alegria de todos, que a reconhecemos e que temos a felicidade de com ela conviver.

Assim, se antes já me considerava um grande admirador de Denise, pelos seus atributos pessoais: pessoa afável, de fino trato e amiga de todos, e pelos notáveis atributos de magistrada: estudiosa, competente e extremamente responsável, agora, após aquele período de convivência – atuamos juntos, na 7.ª Câmara Cível, na qual fui seu revisor, e na Comissão de Especialização das Câmaras Cíveis e dos Grupos Câmaras Cíveis do Tribunal de Justiça do Paraná, ambos por mim presididos -, posso afirmar, com plena convicção, que Denise Martins Arruda, além de ser portadora daqueles predicados pessoais, que ornamentam todas as pessoas de bem, possui, ainda, as virtudes indispensáveis a todos os magistrados: equilíbrio, cultura, honestidade e coragem.

Neste momento, tão significativo para o Judiciário do Paraná, que, certamente, ficará marcado na sua história, como um dos fatos mais importantes deste início de século, quero me associar a todos os operadores do direito e ao povo em geral pela nomeação e posse da desembargadora DENISE MARTINS ARRUDA, no cargo de Ministra do Superior Tribunal de Justiça, para desejar à futura Ministra muita paz, saúde e felicidade, no desempenho de suas novas funções.

Parabéns DENISE e que Deus a abençoe na sua dignificante missão de fazer Justiça, porque, no canto do salmista: “O Senhor é justo e ama a justiça; os homens retos verão a sua face.ª (Salmo X – 8)