Delúbio nega à PF ter mandado R$ 327 mil para o Maranhão

São Paulo (AE) – O ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, negou hoje (6) ter sido responsável pela remessa de uma mala com R$ 327 mil para o diretório estadual do partido no Maranhão. Ele depôs durante cerca de uma hora na sede da Polícia Federal em São Paulo, que intimou Delúbio a pedido da PF de São Luiz, onde tramita inquérito criminal sobre o dinheiro do PT.

Acompanhado de sua advogada, a criminalista Flávia Rahal o ex-tesoureiro afirmou desconhecer a operação. O inquérito da PF foi instaurado a partir de uma divergência interna no diretório maranhense. Grupos rivais se desentenderam porque o dinheiro não teria sido contabilizado. Os recursos seriam do caixa 2 do PT destinados ao financiamento de campanhas de candidatos da legenda ou de partidos aliados.

A mala teria sido enviada a São Luiz pelo diretório nacional do partido como "doação de campanha". O delegado federal Ademir Alves, da Delegacia de Segurança Institucional da Polícia Federal, questionou Delúbio sobre o período em que exerceu o cargo de secretário de finanças do PT.

O delegado perguntou a Delúbio sobre uma reunião da qual ele teria participado para decidir acerca do envio do dinheiro ao Maranhão. O ex-tesoureiro afirmou não ter participado desse encontro. Ele disse desconhecer o episódio do suposto envio dos R$ 327 mil ao diretório estadual em São Luiz. Delúbio negou qualquer envolvimento com o fato sob investigação da Polícia Federal. Enfatizou que não tinha nenhum detalhe a falar sobre a contribuição ao diretório do Maranhão.

Na segunda-feira, o ex-presidente do PT, José Genoino, também foi ouvido no inquérito da PF. Genoino declarou que não tratava de questões financeiras porque os dirigentes da agremiação têm autonomia e independência em suas áreas de atuação. Ele e Delúbio foram citados por integrantes do PT que participaram de uma reunião na qual o tesoureiro do partido no Maranhão, Luiz Henrique Souza, teria dito que recebeu R$ 327 mil enviados pelo diretório nacional. Na época, Genoino presidia o PT e Delúbio ocupava o posto de tesoureiro.

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