Delegado que prendeu Desábato faz pouco caso sobre decisão da Conmebol

São Paulo (AE) – O delegado Osvaldo ‘Nico’ Gonçalves afirmou nesta sexta-feira que não está preocupado com a decisão do Comitê Executivo da Conmebol, que não concordou com a atitude da polícia brasileira no caso em que o zagueiro Leandro Desábato xingou de negro e macaco o atacante são-paulino Grafite, no jogo entre o São Paulo e o Quilmes, no Morumbi, no último dia 13. A decisão da entidade contraria o que seu presidente, o paraguaio Nicolas Leoz, disse, ainda no Brasil, sobre o caso. Leoz afirmou que Desábato seria suspenso pelo menos por um jogo.

"Pouco importa o que a Conmebol decidiu. A Justiça Desportiva da entidade não está acima do Código Penal brasileiro. Não é a Conmebol que vai decidir o que será feito ou não", declarou o delegado, que deu voz de prisão ao zagueiro Desábato, ainda no gramado.

Para Nico, a ação policial foi correta porque estava baseada no artigo 140 do Código Penal, que prevê detenção para calúnia e difamação por racismo. O delegado também ressaltou que todos os juristas consultados não acharam que a prisão de Desábato foi indevida.

"O campo de futebol não é um lugar isolado, onde alguém pode cometer um crime e sair impune", alegou Nico. "O Brasil tem um Código Penal que deve ser obedecido. Para mim, esta decisão não diz nada."

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