O sucesso do Programa de Aceleração da Economia (PAC), ancorado no Congresso, tem um dos fatores fundamentais na queda dos juros. Esse ponto de vista é defendido desde o anúncio do plano em fevereiro passado, pelo empresário Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

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Ele tem citado também os entraves representados pela política cambial, gastos públicos elevados e, de modo enfático, a indefinição das reformas estruturais do sistema tributário, Previdência Social e relações trabalhistas.

Para o presidente da Fiesp, o panorama ideal para a expansão do investimento produtivo e, em conseqüência, do crescimento da economia, é baixar a taxa de juros para 9,5% até dezembro, de modo que os juros reais estacionem em 6%. Segundo o líder do setor industrial mais forte do País, não há outro caminho para estimular a produção.

O pensamento de Paulo Skaf é referendado pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Base (Abdib), Paulo Godoy, com a simples fórmula de que o corte mais rápido dos juros terá recíproca idêntica no crescimento da economia.

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Na elaboração do PAC, o governo utilizou a perspectiva conservadora traçada pelo mercado financeiro quanto a redução da taxa básica de juros nos próximos anos, indicando Selic nominal média em 12,2% este ano e 10,1% em 2010.

A indústria aposta que a macroeconomia suporta a redução significativa da taxa de juros, apressando a esperada decolagem do PAC.

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