Em depoimento à Comissão de Representação na Assembléia Legislativa, o ex-presidente da Companhia do Metropolitano (Metrô), Luís Carlos David, disse que desconhece os motivos do acidente em Pinheiros e afirmou que o Metrô não deixou de cumprir o dever de fiscalizar as obras. A comissão foi criada para investigar o desabamento na futura Estação Pinheiros da linha 4.

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O ex-presidente do Metrô também justificou a mudança de método durante a construção já em andamento da Linha Amarela. Segundo David, a operação foi analisada tanto pelo Metrô quanto pelo Ministério Público Estadual e o ministério autorizou a mudança desde que ela não interferisse no valor total da obra.

O ex-presidente do Metrô também admitiu que as soldas da Estação Fradique Coutinho estavam mal feitas, mas alegou que o problema não causava riscos de acidente.

Além disso, os parlamentares também questionaram sobre o tamanho da manta de concreto da obra, que estaria menor que o indicado. Para David, a espessura realmente era menor do que a indicada, mas ele alegou que isso não causou problemas e ainda destacou que no local do acidente, na futura Estação Pinheiros, esta manta de concreto não havia sido construída e, portanto, isso não teria tido interferência nenhuma no acidente.

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O ex-presidente também informou que o consórcio Via Amarela pediu aceleração nas obras, mas ele alegou que a proposta não foi aceita pela companhia.

David explicou que pediu afastamento da presidência da empresa por um motivo de transição, já que no começo do ano o governador José Serra trocou toda a diretoria e só ele permaneceu no cargo. Segundo o ex-presidente, ele sabia que iria deixar a presidência da companhia desde o começo do ano, quando toda a diretoria foi trocada. As informações são da Rádio Eldorado.

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