CVM já recebeu 4 reclamações sobre Ipiranga

A superintendente de Relações com Empresas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Elizabeth Lopez Rios Machado, revelou que a autarquia já recebeu quatro reclamações de minoritários sobre o processo de venda do Grupo Ipiranga para o consórcio formado por Petrobras, Ultra e Braskem. Desse total, três se referem à relação de troca de ações no processo e a outra é sobre a suspeita de vazamento de informação.

Segundo ela, um dos indícios de que houve um informante durante as negociações para venda do grupo Ipiranga é o fato de a movimentação atípica ter se concentrado nas ações ordinárias da empresa. Na sexta-feira, os papéis ON subiram 3,57%, enquanto o Ibovespa recuou 1,27%.

A superintendente explicou que as investigações podem resultar na abertura de um inquérito administrativo para apurar o uso de informação privilegiada com os papéis das empresas do grupo.

Quem tem ações ordinárias irá se beneficiar com a venda da Ipiranga. Isto porque, pela lei brasileira, esses acionistas, ao contrário dos que detêm papéis preferenciais, terão o direito de receber o equivalente a 80% do que for pago aos controladores.

"A concentração em ações ordinárias e o fato de hoje se divulgar um fato relevante envolvendo uma alienação de controle parece indicar que há algo errado", afirmou à Agência Estado.

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