CUT vai atrelar campanha salarial a ato de apoio a Lula

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), a maior central sindical do País, atrelará a campanha salarial das categorias com data-base no segundo semestre do ano a atos de apoio à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação foi divulgada hoje pelo presidente da CUT, Artur Henrique da Silva, durante entrevista coletiva concedida na capital paulista na qual a central apresentou os itens que compõem a Campanha Unificada dos Trabalhadores para o restante deste ano.

"A CUT tem dois grandes desafios: imediatos e históricos. A campanha salarial se insere nas características imediatas, de reivindicação de reajustes salariais, cláusulas sociais e busca de melhora das condições de trabalho. O desafio histórico é o de projeto de País, que exige a necessidade de engajamento na disputa eleitoral, porque entendemos que o segundo mandato de Lula pode viabilizar", explicou o sindicalista. "Dá para fazer as duas coisas (campanha salarial e campanha por Lula) ao mesmo tempo e sem comprometer um dos lados", afirmou.

O primeiro grande ato pró-Lula vai acontecer em 1º de setembro, num evento chamado de "Dia de Mobilização Sindical" pela reeleição de Lula. "Faremos um grande ato, em cada um dos Estados, para dar visibilidade aos líderes sindicais, em defesa da reeleição de Lula", adiantou.

Segundo o presidente da CUT, o fato de a central se engajar na campanha de reeleição não reduzirá o ímpeto das reivindicações das campanhas salariais, chegando até mesmo ao ponto de deflagração de greve, caso as negociações com os empresários não transcorram dentro da normalidade. Para ele, greves não prejudicam a reeleição do presidente da República. "Quem mais fez greve no Brasil nos últimos três anos foram as centrais ligadas à CUT. Insisto que uma coisa são os interesses imediatos dos trabalhadores, no dia a dia, na busca por melhores salários e condições adequadas de trabalho, e outra são as nossas reivindicações históricas de nosso projeto de País", argumentou. "Fazer uma greve num banco público não é um ato contra o governo mas de defesa dos trabalhadores.

Além do ato de apoio a Lula, os sindicalistas aproveitarão as assembléias com trabalhadores, durante as negociações salariais para sugerir o voto ao presidente da República. "Vamos aliar as duas coisas: a organização e discussão das pautas das empresas e dos setores e o nosso apoio a Lula", declarou.

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