CUT: Queda do desemprego incentiva campanhas salariais

As duas maiores centrais sindicais do País, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical, avaliaram que a queda do desemprego na Grande São Paulo, de 19,1% em junho para 18,5% em julho, serve como incentivo extra para a condução das negociações das campanhas salariais das categorias com data-base no segundo semestre.

Para o presidente da Força, João Carlos Gonçalves, o resultado do desemprego “acena para a possibilidade de que muitos sindicatos consigam reajuste salarial com bons porcentuais de aumento real, além de redução da jornada de trabalho”.

O secretário-geral da CUT, João Felício, disse é preciso expandir o consumo do mercado doméstico para dar sustentação ao crescimento econômico e isso virá, segundo ele, com maiores reajustes de salários. “A população ganha muito mal e só poderemos expandir o consumo se houver aumento de renda”, argumentou.

Felício acredita haver espaço para novas quedas do índice de desemprego até o fim do ano. “Pela relação histórica dos indicadores, o segundo semestre sempre tem uma melhora do emprego, com o aquecimento da economia”, observou. “Se tivemos um aquecimento em julho, podemos buscar um índice de desemprego abaixo de 18% no fim do ano, algo já comemorável, apesar de ainda ser um índice alto”, afirmou.

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