Pro caixão

Vítima reage a assalto e mata ladrão no Centro de Curitiba

Um ladrão se deu mal ao tentar praticar um assalto, na manhã de sábado, no Centro de Curitiba. Ele foi morto pela vítima, que sacou um revólver e atirou.

O baleado tombou morto debaixo de um orelhão da Rua Visconde do Rio Branco, quase na esquina com a Rua Vicente Machado, por volta das 8h30. O assaltante não foi identificado. O autor do disparo, Idézio Otaviano Arce, 58 anos, dono de vários pensionatos no Centro, foi detido em seguida, com um revólver calibre 38.

Pelo que contou a funcionária de uma joalheria da rua, Idézio deveria estar chegando ou saindo de casa, pois ele mora num dos apartamentos acima da joalheria e de outras lojas do prédio.

Ele foi abordado pelo ladrão, em uma bicicleta, que pediu dinheiro. Idézio estava armado e prontamente atirou contra o assaltante. O tiro pegou na lateral esquerda do peito e saiu pelo lado direito. Não se descarta que possa ter atravessado o coração, o que levou o ladrão à morte instantânea.

Desconhecido

O assaltante não carregava documentos de identificação. Tinha apenas um celular, uma garrafa de bolso de whisky e uma carteira, com documentos em nome de Margarete da Silva. A polícia deve apurar se ela é familiar ou conhecida do ladrão, ou se também foi vítima de assalto.

O bandido era alto e magro, com pele clara, cabelos castanhos claros, bem cortados e com luzes. Não tinha a perna direita e usava uma prótese. Vestia um tênis branco com azul, calça jeans e blusa de moletom cinza, com detalhes em vermelho.
Prisão

O crime foi testemunhado por uma pessoa que o ladrão tentou assaltar momentos antes, e por uma advogada que também andava na calçada. Após o único e certeiro tiro, Idézio se refugiou na joalheria de seus conhecidos, embaixo de seu apartamento. Alguém telefonou à polícia, informando onde o atirador estava escondido e Idézio foi preso.

Defesa

A Delegacia de Homicídios (DH) esteve no local fazendo os primeiros levantamentos. Mas como o crime já tem autor conhecido, o caso foi remetido ao 1.º Distrito Policial, para onde Idézio também foi encaminhado.

Segundo o delegado Cristiano Quintas, da DH, Idézio pode alegar legítima defesa, no entanto, pode permanecer preso porque não tinha porte de arma e porque o ladrão não estava armado. “É o delegado do 1.º DP que vai analisar e decidir”, explicou Quintas.