Tristeza

Vereador lamenta morte do pai e lembra que ele usava e defendia o kit covid

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Parte do Grande Expediente da sessão desta segunda-feira da Câmara Municipal de Curitiba foi dedicado a homenagear o advogado Luiz Antônio Leprevost, pai do vereador Alexandre Leprevost (SD) e do deputado federal e secretário de Estado da Justiça, Ney Leprevost (PSD), que morreu, no último sábado, vítima de complicações no fígado e nos rins, após mais de cinco meses de luta contra a covid-19.

Em seu pronunciamento, Alexandre Leprevost relatou como foi a luta de seu pai contra a doença e afirmou que, “sem entrar no mérito sobre a eficácia ou não do tratamento”, precisava registrar que seu pai seguiu à risca o tratamento precoce.

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“Meu pai tinha uma crença ferrenha no chamado tratamento precoce, do qual falava disso como se fosse médico. Tomou cloroquina, ivermectina, os demais adjacentes que apareciam em suas crenças, era um homem de muita fé. Após ser infectado relutou para ir ao hospital. Montou um home care, com médicos de um hospital que ficou famoso na pandemia e que dizem conhecer como ninguém o assunto, mas na verdade encontraram apenas uma forma de monetizar os seus negócios com o aval do nosso presidente, no tal do tratamento precoce”, relatou o vereador.

“Esse homecare foi furada, não serviu para nada. Apenas para agravar o quadro. Internei meu pai com 80% do pulmão comprometido e quase morrendo. Posteriormente a isso, foram muitos dias no hospital, a maioria deles na UTI. Foram quatro recaídas ao coma, cinco meses de uma luta em uma batalha que parecia não ter fim. Neste período, chegou a ir para casa e veio a esperança de que ele viria a melhorar”, prosseguiu o relato.

“Quando começou a ficar de pé em suas fisioterapias intensas, do nada, começou a ficar fraco novamente, com uma coloração amarela, de imediato, precisou voltar ao hospital, teve mais um apagão e entrou em coma. Desta vez, os problemas estavam no fígado, no rim, que pode ter sido gerado por uma infecção ou pelo excesso de remédios. O motivo real, até hoje, não se sabe, mas se desconfia”, concluiu.

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O vereador disse não estar fazendo o relato para entrar no mérito do tratamento precoce. “Faço aqui o registro do que aconteceu na nossa família para que cada um faça sua avaliação. Não sou médico e não vou discutir tratamento. Esse assunto, devemos deixar para os médicos, mas o meu depoimento serve para registrar o que de fato aconteceu”, disse.

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