Aí sim!

Uma corrida pra lá de diferente: atletas tomam chope no trajeto

Uma corrida pra lá de diferente: atletas tomam chope no trajeto
Fotos: Hugo Harada

“O caminho vale mais que a chegada”, reza um dos lemas dos adeptos das corridas. A máxima nunca foi tão verdadeira, pelo menos, para os cerca de 800 participantes que se aventuraram, na manhã desta sexta (8) na Bier Rennen, a “corrida do chope”, uma das atrações da Oktoberfest Curitiba 2017, realizado no Parque Barigui. O grande diferencial da prova foi que, ao invés da hidratação ser com água, ela era feita com chope.

Para o vencedor da manhã, Elton Estefanski, 20 minutos e três canecos de chope depois, é o melhor de dois mundos. “É gostoso concluir a prova, mas se no caminho tem uma cerveja, fica melhor ainda”.

Ele se declara um atleta “híbrido”. “Eu sou meio a meio, adoro correr e também gosto de tomar meu chope”, disse.“Eu sou descendente polonês, que não chega a ser alemão, mas é ali pertinho. A prova tava muito legal. O sol bonito, o pessoal animado. Foi show de bola”.

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Fotos: Hugo Harada

Elton não venceu sozinho, na reta final ele chegou “caneca a cabeça” com Ernani Arifa. Em vez de disputar, os dois resolveram afinar o passo e cruzar a linha juntos.“A gente corre todo dia, mas gosta de uma festa também”, disse Arifa, limpando a espuma do chope da boca com as costas da mão.

Quem venceu, porém, é o menos importante, avalia o  Iberê de Assis Junior, da I Run Corridas Temáticas, organizador do evento e narrador da corrida.“Esta não é uma prova de desempenho. O espírito é outro. É uma forma de juntar esporte e alegria num dia maravilhoso como esse”, disse.“As pessoas ainda fazem uma confusão ao entender que a Oktoberfest é uma festa em homenagem à bebida. Na verdade é uma festa das famílias para preservar a cultura alemã. Na corrida, tem gente correndo com carrinho de criança, pai com o filho. A cerveja é só uma parte desta cultura ligada a alegria”, conclui.

Medalhas, canecos de chope e bandinha alemã

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Fotos: Hugo Harada

O circuito tinha 5,5 km saindo do pavilhão da Oktoberfest, no Barigui, e dando a volta na pista de corrida do parque. No caminho, dois pontos de “hidratação”, uma na chaminé do Parque e ou outro na ponto de pedestres perto da BR 277, davam chope em copos plásticos para incentivar os atletas a zerarem o percurso. Os pontos de hidratação tinham até cadeiras para quem preferisse beber sentado e continuar a prova sem pressa. Um terceiro ponto de ‘abastecimento’ estava na linha de chegada.

Além dos corredores “sérios”, muita gente se fantasiou com trajes típicos alemães como o pessoal do Original Einigkeit Tanzgruppe, um dos tradicionais grupos folclóricos germânicos da cidade.“A gente vai participar, não sei se correr. Mas o negócio é se divertir e curtir a festa”, diz o “bávaro” Jonathan Ignacheski.

No final do percurso, dentro do Pavilhão da Oktoberfest, na Expo Renault Barigui, além das medalhas, um caneco de chope gelado e bandinha alemã esperavam quem completava a prova.

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Fotos: Hugo Harada

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