Ações decisivas

Taxa de reprodução da covid-19 sobe em Curitiba e bandeira pode mudar de cor em três semanas

Alta da taxa de reprodução do coronavírus em Curitiba preocupa.
Alta da taxa de reprodução do coronavírus em Curitiba preocupa. Foto: Arquivo/Lineu Filho.

A taxa de reprodução (Rt) do coronavírus em Curitiba subiu para 1,16 – dados atualizados no Painel Covid da prefeitura na quarta-feira – e o número indica um avanço no contágio da doença na capital. Segundo a prefeitura, as próximas três semanas serão decisivas para apontar o rumo que a pandemia vai tomar por aqui, inclusive se será necessária a edição de um novo decreto de bandeira, mais restritivo, em relação à circulação de pessoas e horários de funcionamento do comércio.

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Para se ter uma ideia da importância de se ter a monitoração da doença pela taxa de reprodução, no Paraná, no pico máximo da pandemia, em 24 de julho, o Rt do estado chegou a 1,48. Já o menor índice do Rt no Paraná foi de 0,70, registrado em 12 de julho. Nos atuais 1,16 de Curitiba, cada 100 pessoas com covid-19 na capital podem contaminar outras 116. O número base da Rt é o 1, ou seja, quando o índice está menor do que 1, há indicação de remissão do contágio. Traduzindo para números reais, o balanço da pandemia divulgado pela prefeitura nesta quinta-feira (12) teve 266.253 casos confirmados, 668 novos casos, 17 novos óbitos e conta com 6.476 casos ativos na cidade.

Embora o número da Rt acima de 1 preocupe, o epidemiologista Diego Spinoza, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Curitiba, diz que há outros fatores determinantes para mudança da cor da bandeira, como o controle da ocupação de leitos, número de casos ativos e de óbitos. Spinoza também destaca que o crescimento da taxa de reprodução era esperado pela equipe de Saúde, de certa forma, com a flexibilização das medidas restritivas da bandeira amarela.

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“Avaliamos também a vacinação dos grupos onde o vírus circula mais, como nas faixas dos 30 anos e acima de 20 anos. Junto com a primeira dose do grupo dos 30 anos, foram vacinados com a segunda dose as pessoas com 50 anos e, também, com comorbidades. Esse impacto positivo da vacinação influencia no número de óbitos e ocupação de leitos”, explica Spinoza. Atualmente, a taxa de ocupação de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) na Unidade de Terapia Intensiva, exclusivos para covid-19 em Curitiba, é de 65%.

Outro ponto abordado pelo infectologista é em relação às medidas não-farmacológicas. “As pessoas precisam entender que o vírus está circulando. A pandemia não acabou. Medidas menos restritivas não significam que os cuidados sanitários podem ser esquecidos. Uso de máscara, distanciamento social, álcool em gel devem continuar. O comportamento da população também é levado em conta na hora de decidir a cor da bandeira. Só vamos saber se as pessoas estão levando os cuidados a sério nas próximas três semanas”, destaca.

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Diego ressalta três pilares no acompanhamento do avanço da doença estão sempre em análise, como período de contágio, período de infecção e chance de óbito. “Mesmo com a taxa de reprodução indicando avanço, na prática, ela não tem se refletido na ocupação de leitos e número de óbitos”.

Sobre um possível aumento no contágio pelo coronavírus dentro dos ônibus do transporte coletivo de Curitiba, uma vez que a flexibilização da bandeira amarela favorece uma maior circulação de pessoas, Spinoza diz que não houve, que a prefeitura segue monitorando o transporte coletivo e explica que os passageiros ficam mais atentos dentro dos ônibus. “É mais comum a pessoa relaxar os cuidados em um encontro de família, em uma festa, do que dentro do ônibus. No transporte, todos ficam mais atentos”, aponta.

Já as festas e eventos preocupam quando os organizadores e o público não respeitam as medidas do decreto. “A fiscalização tem se deparado com festas clandestinas ou chegado em locais onde a limitação máxima de público não é respeitada. Temos que destacar sempre que o comportamento das pessoas é fundamental para vencermos a pandemia. A flexibilização das medidas restritivas também depende muito disso”, finaliza o epidemiologista.

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