Revolta e reflexão

Protesto contra o racismo reúne centenas em supermercado de Curitiba

Foto: Guilherme Bittar / Futura Press / Folha Press

Liderados pelo vereador eleito Renato Freitas, um grupo com cerca de 200 pessoas realizou, nesta sexta-feira (20), um protesto pela morte de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, espancado na noite de quinta-feira (19), em Porto Alegre. O caso aconteceu no estacionamento de uma unidade do supermercado Carrefour. A manifestação, em Curitiba, aconteceu na filial da rede no bairro Parolin.

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O protesto começou por volta das 18h. Ativista pela causa racial em Curitiba, o vereador eleito Renato Freitas, de posse de um megafone, chamava as pessoas para participar da manifestação no sinaleiro ao lado do mercado na Avenida Marechal Floriano Peixoto. Cerca de dez pessoas participavam no primeiro ato. Aos poucos, outras pessoas se juntaram ao grupo.

A informação sobre a quantidade de pessoas presentes não é precisa, já que alguns relatos falam em 300 pessoas, mas outros dizem que não chegava a 100. A gerência do supermercado determinou o fechamento das portas da unidade, que tinha clientes no local. O grupo ficou em frente à porta principal do estabelecimento, de onde foram ouvidos discursos em defesa da causa racial, contra o racismo e a desigualdade.

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Não houve depredação no local, como em casos já registrados na cidade de São Paulo. Mas a porta do mercado foi pichada com a palavra: “Racista”. O protesto ainda acontecia por volta das por volta das 19h30. Não foi percebida a presença da Polícia Militar até então.

O caso

A polícia de Porto Alegre (RS) investiga a morte de João Alberto Silveira Freitas, um homem negro de 40 anos, após espancamento por dois seguranças de uma loja do supermercado Carrefour localizada no bairro Passo d´Areia, na zona norte da cidade.

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Vídeos que mostram o espancamento em frente à loja e a tentativa de socorristas de salvarem o homem, conhecido como Beto, circulam nas redes sociais desde a noite desta quinta-feira (19) e provocam a mobilização de ativistas contra o racismo.

Beto morreu às vésperas do Dia da Consciência Negra, comemorado nesta sexta-feira (20) em referência à morte de Zumbi, o líder do Quilombo dos Palmares, localizado entre Alagoas e Pernambuco.