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Protesto contra o aumento da passagem de ônibus em Curitiba é marcado por atos de vandalismo

Foto: Daniel Castellano.

O protesto contra o aumento da passagem de ônibus em Curitiba na noite desta segunda-feira (6) registrou atos de vandalismo. Mascarados estavam infiltrados entre os manifestantes. Houve pichações a prédios públicos e particulares, os vidros de uma agência bancária foram quebrados e ainda invasões de estações-tubos.

A tarifa passou de passou de R$ 3,70 para R$ 4,25 hoje. Aproximadamente 700 manifestantes – de acordo com os organizadores do ato – se reunidos na Praça 19 de Dezembro, no Centro da capital, por volta das 19h30, e decidiram qual seria o trajeto do protesto.

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Região central de Curitiba foi o alvo do protesto contra o aumento da passagem. Foto: Daniel Castellano.

Ao longo do trajeto, alguns manifestantes picharam portas de lojas, bancos e prédios. Um deles foi o da Previdência Social, na esquina Rua XV de Novembro com a João Negrão. O grupo se dividiu e uma parte foi para o tubo da Estação Central. Permaneceram no local por alguns minutos e liberaram as catracas para o embarque. A mesma medida foi adotada nas estações-tubo da Praça Carlos Gomes. Em outra ação, os vidros de uma agência bancária perto do Terminal Guadalupe foram quebrados por mascarados, enquanto que outros manifestantes tentavam impedir o vandalismo .

Ação da PM

Na altura da Avenida de Setembro , a Polícia Militar passou a lançar bombas de efeito moral, gás e balas de borracha para tentar impedir o quebra-quebra. Várias equipes foram enviadas para o loca, inclusive a Rone. Um manifestante foi preso. Os manifestantes fizeram barricadas de lixo para tentar fugir dos policiais. Grande parte do grupo que iniciou o ato já foi embora, mas os mascarados persistem.

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Protesto contra o aumento da passagem em Curitiba foi marcado pelo vandalismo. Foto: Daniel Castellano.

Bandeiras

Quando o ato começou e ainda era pacífico, bandeiras de sindicatos e movimentos sociais, cartazes e falas contra o aumento da passagem também eram vistos e ouvidos no protesto. Aos gritos de “Fora, Greca” e de “transporte público não é mercadoria”, o grupo seguiu pelas ruas do Centro de cidade.

“O nosso objetivo hoje é exigir a retirada imediata desse aumento absurdo da tarifa. Há uma magia do transporte em que somente algumas famílias enriquecem e somos contra isso. Existem estudos que questionam a legitimidade desses contratos e, mais uma vez, o prefeito mostra de que lado está, usando a crise como desculpa para fazer uma aumento desses”, afirmou Evandro Castanheira – um dos organizadores do ato e membro do grupo CWB Resiste – no início do protesto.

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