Protesto

Primeiros a parar, últimos a voltar. Profissionais de evento pedem socorro

Divulgação / Franklin de Freitas

Cerca de 200 profissionais de promoção, eventos e donos de agências e empresas ligadas ao setor de shows e espetáculos fizeram, na manhã desta terça-feira (8), um protesto na frente do Palácio 29 de Março, sede da Prefeitura de Curitiba. Representantes de um dos setores mais atingidos pela pandemia do novo coronavírus, os manifestantes firmaram sua posição de insatisfação contra o que classificam como abandono da categoria.

O protesto foi pacífico o tempo todo. “Montados” em cases de equipamentos, muito utilizados na montagem, desmontagem e transporte de todas as estruturas de shows musicais, peças teatrais e demais demonstrações culturais e festas, os trabalhadores queria chamar atenção um manifesto que será entregue nesta quarta-feira (9) ao prefeito Rafael Greca.

A intenção é defender medidas paliativas para que a subsistência do setor seja garantida até que os eventos possam retornar de forma ampla. “A passeata técnica foi organizada com intuito de unir empresas e profissionais, mostrando a representatividade do setor e conseguir o apoio do governo diante de algumas medidas que reivindicamos”, disse Sandriane Fantinato, uma das organizadores.

O percurso foi pela Avenida Cândido de Abreu (em frente a Fiep) com caminhada até o Palácio do Governo. Participaram da manifestação profissionais inseridos nesse setor, como produtores, gerentes operacionais, diretores técnicos, cerimonialistas, técnicos, montadores, auxiliares técnicos, carregadores, músicos, recepcionistas, garçons, brigadistas, seguranças, bartenders, auxiliares da limpeza, promoters, motoristas, entre outros.

“O setor parou totalmente. Estamos há 180 dias sem trabalhar. Fomos os primeiros a parar e seremos os últimos a voltar. Os profissionais e empresas ficaram desamparados. Esperamos que o governo direcione seu olhar para o setor, que tem uma cadeia produtiva que geral milhares de empregos e também verbas para os cofres públicos”, acrescentou.

O setor reclama do abandono do poder público, que não pensou nenhum tipo de projeto para auxiliá-los. “É triste essas empresas e profissionais estarem invisíveis aos olhos dos governantes. O que a gente espera, é que olhem para nós até os eventos voltarem. O principal é o dialogo para ver o que pode ser feito para garantir a subsistência do setor”, concluiu.

Foto: Divulgação / Pixl e Eficaz

A iniciativa contou com o apoio do CCVB, Abrafesta, Abrape e ABEOC-PR.