Paciente do 1.º transplante de pulmões do Paraná deixa hospital na região de Curitiba

Pedreiro Reinaldo Ferreira de Goes recebe alta dos médicos após transplante de pulmões. Foto: Hospital Angelina Caron

O paciente do primeiro transplante de pulmões no Paraná recebeu alta nesta terça-feira (7). O pedreiro Reinaldo Ferreira de Goes, 57 anos, morador da Lapa, na Região Metropolitana de Curitiba, passou pelo transplante no dia 17 de dezembro de 2019. A cirurgia de alta complexidade foi no Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, também na região de Curitiba.

Reinaldo sofria de enfisema pulmonar, que o impossibilitou de trabalhar nos dois últimos anos. Ele estava na fila junto com outros nove pacientes que também precisam de pulmões novos.

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“O Reinaldo se recuperou muito bem e já está apto a sair do hospital. Ele ainda não vai voltar para casa, na Lapa. Vai permanecer na casa de parentes, pois precisa fazer o acompanhamento conosco nas próximas semanas. Mas logo já estará em casa”, comemora o médico cirurgião Frederico Barth, responsável técnico do Serviço de Transplante Pulmonar do Angelina Caron.

Cirurgia complexa

A operação de logística do primeiro transplante de pulmão do Paraná começou a cerca de 500 km de distância do local da cirurgia, em Foz do Iguaçu. O órgão foi levado de uma cidade a outra pelo helicóptero da Polícia Civil, sob coordenação da Central de Transplantes.

Primeiro transplante de pulmão no Paraná foi feito em 5h30 no Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, na grande Curitiba. Foto: Hospital Angelina Caron

O Hospital Angelina Caron obteve há dois o credenciamento do Ministério da Saúde para executar transplantes de pulmão. Desde então, a equipe passou por diversos treinamentos para estar preparada para este tipo de cirurgia de alta complexidade.

“O processo é complexo e tem algumas particularidades fundamentais para a recuperação pós-cirúrgica. Além da compatibilidade sanguínea, os pulmões doados devem estar sem sinais de infecção ou indícios de lesões por trauma”, explica Barth.

O médico explica que para o transplante os órgãos a serem transplantados devem obrigatoriamente ser do mesmo tamanho dos pulmões originais do receptador. Do contrário, os órgãos não cabem na caixa torácica.