Foto tirada em 2020 mostra preços em posto de combustíveis de Curitiba. Foto: Daniel Castellano / Colaboração

Este texto se propõe ser um alerta para mostrar a grande alta nos preços dos combustíveis do início da pandemia para cá. Mas, ele nem precisaria existir, já que falar sobre isso é praticamente chover no molhado. Os leitores sentem no bolso os efeitos dessa disparada de preços diariamente. No entanto, quando damos de cara com um “antes e depois” desses, é sempre bom trazer o assunto à tona novamente.

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A imagem que ilustra esta publicação foi feita pelo repórter fotográfico Daniel Castellano, titular de uma das cadeiras do departamento de comunicação da Prefeitura de Curitiba. Ele tem dois dos olhos mais atentos ao cotidiano da capital paranaense, documentando por onde passa recortes da realidade, instantes que hoje parecem “só” fotografias, mas que no futuro se transformam em registros da história.

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Na foto em destaque, a faixa de preços de um posto de combustíveis localizado na Rua Mateus Leme, no bairro Centro Cívico, mostra quanto custavam os litros de gasolina e etanol no dia 27 de março de 2020, dias após o caos que se instalou em Curitiba com o medo do ainda desconhecido novo coronavírus. Sem movimento, com muitas pessoas em quarentena, os preços caíram e chegaram a esse patamar.

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“Foram tempos de muitas mudanças, né Dudu. A pandemia transformou muito as nossas rotinas, mas como eu sempre ando por aí, aproveito para documentar estas mudanças. A foto que fiz em 2020 foi em um momento em que as ruas estavam vazias, pouca gente circulava, os combustíveis despencaram. Agora, com o que parece ser o fim deste período pandêmico, o movimento retornou quase a normalidade. Só os preços não retornaram ao patamar de antes”, disse Castellano.

Eu fui até a mesma esquina neste domingo (27 de março), exatamente dois anos depois, e fiz o registro fotográfico a seguir:

Foto: Eduardo Klisiewicz
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Nem cabe aqui tentar achar uma explicação para esta diferença absurda no preço dos combustíveis. Se o preço do petróleo disparou, se a crise econômica destruiu o poder de compra do brasileiro ou se a guerra da Rússia/Ucrânia impactou no mercado global.

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Resta-me apenas lamentar que, mais uma vez, e como sempre, é o povo quem sofre as consequências disso tudo. De uma guerra no leste europeu, até a rotina de trabalho estafante de um motorista de aplicativo ou taxista, que luta diariamente para conseguir dinheiro para abastecer o carro e ter condições de rodar mais um dia para conseguir dinheiro para abastecer o carro.


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